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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Resposta a um pedido de ajuda. Leiam, que interessante!


Cara Gisele
Boa noite!
Apesar da minha formação, sinto-me na impossibilidade de ajudá-la via on-line, pois o seu relato, sugere a necessidade de um acompanhamento psicológico, para que você possa lidar com as consequências provenientes do "cuidar" da sua mãe, escolha essa que parece-me ter ocorrido por necessidade e não por opção.
A cobrança da sua mãe em relação a você, vai de encontro a sua auto-cobrança, por isso passa a ter um peso muito maior, mas pense com muito carinho no que vou te dizer:
Quando temos sonhos e não os realizamos, eles podem até mudar, mas nunca deixam de ser um sonho esperando para se tornar realidade. Muitas vezes, na nossa vida, somos obrigados a adiar esses sonhos por opção ou por algo alheio a nossa vontade, mas na maioria das vezes não desistimos de sonhar, porque sonhar nos mantem vivos.
Não quero questionar a falha no seu amor pela sua mãe, mas gostaria que você pensasse um pouco na falta de amor  que sente por si mesma e que, talvez, tenha sido a causa de todo seu sofrimento no decorrer desses 9 anos.
O que eu posso te garantir é que "ninguém pode voltar atrás e  mudar o começo, mas qualquer um pode começar agora a mudar o fim da sua história."
Faça uma retrospectiva da sua vida para que possa resgatar os sonhos que se perderam pelo caminho, trazendo-os de volta a sua vida atual, depois tente selecionar os que ainda são prioridades e a partir daí se dê o direito de torná-los realidade, mesmo que hoje seja mais difícil, porque se você foi capaz de se tornar infeliz por cuidar da sua mãe, com certeza voce é capaz de se tornar feliz por cuidar de você.
Tente não colocar obstáculos na busca pela sua felicidade e quando eles surgirem, crie estratégias para ultrapassá-los, mas nunca desista de ser feliz.
Pense na possibilidade de delegar os cuidados da sua mãe a outra pessoa ou a uma instituição de confiança para que você possa ficar somente na supervisão dos cuidados.
Pelo seu relato, hoje você se enquadra no que denominamos de "cuidador ferido", ou seja um cuidador que precisa de cuidado, portanto sem condições de cuidar.
Procure ajuda de um profissional de psicologia na sua cidade. Tenho certeza que será de muita valia.
Um grande abraço.
Espero que voce possa colorir sua vida em breve.
Eliana
(psicóloga)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

"A pérola nasce do sofrimento da ostra"

O meu blog foi indicado como referência sobre Alzheimer



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Posted: 14 Nov 2010 06:14 PM PST



Sites que indicamos sobre cuidar de idosos Sites que indicamos sobre cuidar de idosos
Esta é uma seleção feita por afinidades e por méritos. Todos os sites relacionados são voltados para a temáticas do cuidado com os idosos, principalmente os mais dependentes.
  • Com muito carinho, o site Reabilitação Cognitiva – http://www.reabilitacaocognitiva.org/ – das queridas terapeutas ocupacionais Ana Katharina e Ana Paula Mendes. Visual bacana e conteúdo nota 10! Confira!
  • Outro site legal é o Fisioterapia Gerontológica: http://fisiogerontologica.blogspot.com/ – da fisioterapeuta Cristina Ribeiro, de Foz de Iguaçu. Aliás, além de ser uma excelente fonte de consulta para o trabalho da fisioterapia gerontológica, estamos muito contentes de ter a sua autora entre os novos colaboradores do portal Cuidar de Idosos. Seja bem vinda, Cristina!
  • Associação Brasileira de Alzheimer: www.abraz.org.br – site da ABRAz nacional, autoridade sobre Alzheimer em todo o Brasil
  • Um clássico da temática gerontológica, é assim que definimos o Portal do Envelhecimento: http://www.portaldoenvelhecimento.org.br/. Liderados pela Beltrina Corte, este portal é o mais antigo e completo porta-voz da comunidade gerontológica brasileira. E está de cara nova, muito mais bonito!
  • “Nossa principal finalidade é atuar como um centro inovador de pesquisas, capacitação, assessoria e ações em Gerontologia, buscando o desenvolvimento de tecnologias alternativas e a divulgação de conhecimentos técnicos e científicos voltados para as questões do envelhecimento humano.” Este é o site GERAÇÕES:http://www.geracoes.org.br/nova/.
  • Se você quiser conhecer um verdadeiro Centro de Referência para Idosos, o portal Cuidar de Idosos indica o CRI Norte – Centro de Referência do Idoso da Zona Norte de São Paulo, onde trabalha o geriatra Carlos Uehara. Obra conjunta da Associação Congregação de Santa Catarina e a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, hoje é referência nacional em cuidar de idosos: http://www.crinorte.org.br/
  • Portal Equilíbrio e Quedas em Idosos – PEQUI – http://pequi.iv.org.br/portal– Como está escrito no próprio site: “O objetivo deste portal é permitir a comunicação entre interessados e a disseminação de informações sobre prevenção de quedas em idosos. Queda é um evento freqüente e limitante, sendo considerado um marcador de fragilidade, morte, institucionalização e de declínio na saúde de idosos.”
  • GITZ: Este blog visa informar sobre como é a vida de um cuidador de doente de Alzheimer e ajudar os que não sabem o que fazer. Aqui eu também falo sobre minha experiência pessoal diária com um D.A. Há 9 anos, sem contar com a ajuda de nenhum dos 3 irmãos. Às vezes, também, me aventuro por outros assuntos. Sigam: http://gisele-gitz.blogspot.com/
  • Harmonia de Viver: http://harmoniadeviver.net.br/. Da incansável Judy Robbe, de Belo Horizonte MG. Uma das mais antigas e conhecidas trabalhadoras da causa Alzheimer do Brasil.
  • “Promover o bem estar do idoso, zelando por sua saúde e respeitando a sua individualidade, contando com uma equipe de Profissionais da Saúde altamente qualificados.” Esta é a missão do CIAPE: Centro Interdisciplinar de Assistência e pesquisa em Envelhecimento, de Belo Horizonte MG:http://www.ciape.org.br/
  • Observatório Nacional do Idoso: http://www.observatorionacionaldoidoso.fiocruz.br/
  • Associação dos Cuidadores de Idosos de Minas Gerais. Inovadora e pioneira, congrega cuidadores de idosos de Minas Gerais:http://www.aciminas.com.br/
  • A Pastoral da Pessoa Idosa foi criada pela incansável e saudosa Dra. Zilda Arns, falecida tragicamente no terremoto que acometeu o Haiti. Referência em cuidar de idosos em todo o Brasil, a Pastoral é ponto obrigatório para quem quer aprofundar um pouco mais sobre o assunto: http://www.pastoraldapessoaidosa.org.br/
Finalmente, não deixam de dar uma “passadinha” na Comunidade PROCURO CUIDADOR DE IDOSOS, que é capitaneada pelo portal Cuidar de idosos e vem crescendo cada vez mais (já temos mais de 350 membros), com muitos familiares de idosos, cuidadores de idosos e profissionais de saúde, discutindo as relações de trabalho dos cuidadores de idosos e familiares, dicas de como cuidar melhor de seus idosos dependentes e muitos outros assuntos. O link é:www.procurocuidador.com.br

Visit PROCURO CUIDADOR DE IDOSOS
 Sites que indicamos sobre cuidar de idosos

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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Decálogo contra os maus tratos de idosos

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Posted: 10 Nov 2010 12:36 PM PST


Decálogo contra maus tratos Decálogo contra maus tratos
  1. Dignidade. Os idosos devem ser tratados com respeito.
  2. Inclusão social. Evite, nos idosos,  isolamento e solidão.
  3. Ação imediata, quando detectar sinais de ferimentos sofridos pelos idosos,  por abuso e negligência.
  4. Personalizar o seu ambiente. Adaptar o espaço para garantir a independência dos idosos.
  5. Responder ao desejo de satisfazer as necessidades de saúde dos idosos.
  6. A boa qualidade da alimentação, de acordo com gostos e necessidades dos idosos.
  7. Respeitar a privacidade dos idosos.
  8. Promover a manutenção ou a recuperação do máximo de autonomia dos idosos.
  9. Auxílio de cuidadores e familiares para facilitar a mobilização, higiene e limpeza nos idosos.
  10. Envolver as famílias no cuidado e na tomada de decisão compartilhada.
 Decálogo contra maus tratos

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sábado, 13 de novembro de 2010

Eu apenas queria que vocês soubessem como está difícil

Está difícil. Muito!
Ela está agressiva demais. Me ofende, xinga, dá barracos... me deixa em situações delicadas; faz cara feia pra meus amigos quando vêm em casa e os trata mal.
Toda atenção é só pra ela. Busca, obriga a ter atenção e dedicação. Não reconhece nada que eu faço. Nada tá bom.
Reclama se eu não deixo fazer mais gastos desnecessários, porque ela acha que ganha 15 mil de pensão e gasta como se ganhasse e eu? Eu fico atarantada, tapando um buraco aqui, outro ali; tentando comprar o necessário e me abstendo de coisas que preciso, por causa da inconsequência dela.
A perambulação diária me incomoda demais. Não tem hora. Não escolhe casa, nem pessoas. Atrapalha quem tem o que fazer e tem gente que vem reclamar comigo e não posso fazer nada...
Não vou colocar um cadeado no portão! Moro numa cidade com 10 mil habitantes, todo mundo vai ficar sabendo que prendi minha mãe no meu claustro, pois ela fará um escândalo, e eu vou pra cadeia, né?
E o velho problema: NINGUÉM AJUDA!
Com nada. Nem com um alimento, ou uma roupa ou calçado pra ela. Nem um tostão pra pagar um IPTU. Nada! E ainda criticam. Minha irmã, em carta, lamenta que ela não tenha quem cuide dela direito. Olha o absurdo! Alguém que não passa um dia inteiro com ela, a cada seis meses, questiona a maneira como eu cuido. Poxa, eu cuido, e ela? Por quê, então, não leva pra casa dela e cuida direito, lá?
Tô, especialmente, farta. E os dias parecem estar cada vez mais pesados e doloridos. A paciência minou, diante de tantas palavras tortas.
Não estou aguentando o fardo, tem um peso descomunal. É como se Deus houvesse esquecido que tenho um limite a ser respeitado no suportável. Como se Ele tivesse se distraído com outra coisa e esquecido de aliviar-me a carga.
Estou muito cansada. Alguém me ajude. Por favor!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Os filhos não querem cuidar de seus pais




Os filhos não querem cuidar de seus pais Os filhos não querem cuidar de seus pais
A partir de vários comentários que chegam até nós pelo portal ou por email é possível concluir uma triste realidade: os filhos não querem mais cuidar de seus pais idosos, principalmente quando eles estão doentes. Acho revoltante deparar com esta realidade, principalmente se pensarmos que foram nossos pais as pessoas que cuidaram de nós enquanto crianças, dependentes, nas vezes que ficamos doentes.
É cada vez mais comum o relato de filhos que se sentem sobrecarregados, pois os irmãos ou outros familiares se retiram, e sobra para apenas um dele a árdua tarefa de cuidar de um idoso dependente. Uma coisa é fato: não existe uma lei que obrigue todos os filhos a cuidar dos pais idosos, em igual proporção. O Estatuto do Idoso, em seu Art 3° Paráguafo único -  V, ilustra claramente a “priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência.” Ou seja, o idoso deve ser acolhido por sua própria família (filhos netos, irmãos, etc), sendo o atendimento em instituições recomendado apenas para os idosos que não possuem família ou que não tenha condições de se manter. Porém não há como obrigar a todos os irmãos se dedicarem na mesma proporção.
É um absurdo as pessoas procurarem leis que obriguem os filhos a exercerem sua função de filhos, penso que cuidar dos pais idosos seja uma tarefa tão natural aos filhos quanto cuidar de filhos pequenos é atribuição dos pais. Quando uma mãe ou pai se recusa a cuidar de um bebê ou abandona-o, toda a sociedade se revolta com um ato de atrocidade contra um incapaz. E quando o inverso acontece? Um idoso dependente é tão vulnerável quanto um bebê, ou seja, não tem condições de se alimentar sozinho, de se vestir sozinho e de defender-se.
Seguem abaixo algumas justificativas que filhos têm lançado mão para não cuidarem de seus pais idosos:
“Meus irmãos não me ajudam, estou sozinha para cuidar de papai!”. Não é certo “tirar o corpo fora” e deixar toda a tarefa de cuidar para apenas um irmão! Porém, mais errado ainda é este irmão deixar o idoso de lado. Isto é crime! Abandono e negligência do idoso são crimes e, quando denunciados, os agressores irão responder criminalmente. Não faz sentido criticar a falta de alguém (o irmão que não ajuda) cometendo a mesma injustiça. O idoso é que sai prejudicado. E se o cuidador fosse filho único e não tivesse nenhum irmão para dividir os cuidados? Muitas pessoas nessa situação conseguem alternativas (cuidador, ajuda de terceiros, instituições) e não ficam sobrecarregados, assim como também o idoso não fica abandonado.
“Estou ficando doente de tanto cuidar sozinha, decidi que não cuido mais de mamãe”. Um cuidador sobrecarregado pode mesmo adoecer em função do alto stress emocional e da sobrecarga física de cuidar de um cuidador (trocar roupas, dar banho e mudar de posição um adulto é muito pesado). Porém, mais uma vez afirmo que abandonar o idoso não irá resolver o problema. Um cuidador que fizer isto, além de poder responder na justiça, também poderá sentir-se culpado e deprimido por suas atitudes. Pensar apenas em seu bem-estar não resolve o problema. A solução é reunir a família e pensar no que pode ser feito no sentido de trazer melhor qualidade de vida para o idoso dependente e seu cuidador.
“Trabalho fora o dia todo, não tenho tempo de cuidar de mamãe!”. Um fato inquestionável: as pessoas precisam trabalhar para garantir sua subsistência, principalmente os cuidadores de idosos dependentes, que costumam ter vários gastos excedentes. Cuidar de um idoso nessas condições requer o mesmo trabalho e responsabilidade que cuidar de uma criança e nem por isto todas as mães param de trabalhar fora! É fato que o Brasil não disponibiliza de centros-dia gratuito para os idosos (com funcionamento semelhante ao das creches, o idoso passaria apenas o dia num local com acompanhamento multiprofissional), porém, em muitos casos, é possível arcar com os custos de um cuidador apenas em uma parte do dia, ou mesmo contar com a ajuda de familiares ou vizinhos de confiança que possam cuidar do idoso enquanto o familiar trabalha.
“Meu pai me abandonou enquanto criança, hoje ele está idoso e doente, mas não irei cuidar dele”. Cuidar envolve laços de afetividade desenvolvidos ao longo dos anos. Lógico que se esta pessoa não foi um bom pai torna-se mais difícil para um filho ser seu cuidador vários anos mais tarde. Porém, não se justifica um erro com o outro. Se as mágoas foram muito intensas, às vezes tentar ser o cuidador pode não ser a melhor saída, pois pode ser uma forma do filho descontar seu rancor pelo pai – atualmente impotente. Esta relação direta de dependência pode abalar emocionalmente ambos. Uma alternativa viável seria reunir a família e investir num bom cuidador familiar ou mesmo levar ao idoso a uma instituição de longa permanência adequada, prestando a assistência necessária.
“Minha mãe me agride e está muito chata. Não quero cuidar dela”. Agressividade e comportamentos ranzinzas podem ser sintomas da doença de Alzheimer, ou seja, não são propositais. Algumas crianças também são agressivas e cansativas e nem por isto a maioria dos pais levam-nas para abrigos. Pense nisto toda vez que pensar em deixar de cuidar de um familiar idoso que depende de seus cuidados. Converse com o médico do idoso, pois existe medicação para minimizar os sintomas agressivos e, mais uma vez, converse com a família em busca de ajuda.
Estes foram apenas alguns exemplos de justificativas que os filhos têm usado para não mais cuidarem de seus pais ou familiares idosos. Cada pessoa tem suas questões, seus problemas e limitações, mas não cuidar de pais idosos é grave! É uma forma de violência. Elabore alternativas, não tenha vergonha de pedir ajuda, às vezes as pessoas não ajudam, pois não sabem que você está precisando ser ajudado. Quando for possível, contrate um cuidador profissional, sua presença em casa, mesmo que em apenas uma parte do dia, pode ajudá-lo muito, principalmente quando não se tem outras pessoas da família para ajudar. Se a única alternativa for levar o idoso para uma ILPI, faça isto de maneira consciente, mantendo seus vínculos de pais e filhos. O que não pode é abandonar um idoso dependente, seja em casa, ou na instituição. E um cuidador também não pode fazer tudo sozinho.
 Os filhos não querem cuidar de seus pais
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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

59% dos acompanhantes de doentes apresentaram estresse, segundo pesquisa

A função de um cuidador, aquela pessoa que acompanha o doente, está sempre junto na hora das consultas, dos exames e durante o tratamento, é muito importante. Mais esses cuidadores também precisam de atenção, porque é muito grande o índice de estresse que eles enfrentam.

Todas as semanas, um grupo se reúne no Hospital de Base de Rio Preto para um tratamento que usa a conversa como terapia. Eles acompanham pacientes que estão na fila de espera para transplante de fígado.

Uma mudança na rotina que geralmente dura anos de dedicação. Viagens, consultas médicas, internação, tratamentos. No começo a boa vontade é como um analgésico para os sintomas de cansaço, mas com o tempo o desgaste é inevitável.

Uma pesquisa desenvolvida pela Faculdade de Medicina no Hospital de Base de Rio Preto mostra que 59% dos acompanhantes de doentes apresentaram sintomas de estresse. 22% chegaram à exaustão.

O levantamento também revela que 59% dos entrevistados desistiu ou reduziu as atividades profissionais. 44% passaram a ter insônia e 33% demonstraram irritação em relação ao paciente.

A pesquisa concluiu que o remédio para cuidar do desgaste dos cuidadores de doentes é a informação. Compreender as mudanças e a rotina de tratamento diminui a ansiedade.

O trabalho foi desenvolvido por essa psicóloga que observou o sofrimento e a angústia dos acompanhantes de doentes nos corredores do hospital. A conclusão da pesquisa é que ninguém pode cuidar do outro se não estiver bem.

Como administrar o estresse pessoal

Cuidar de pacientes com D.A. é muito estressante. Pode perguntar a qualquer familiar que exerça a função de cuidador. É difícil tratar de pessoas que não identificam suas necessidade, nem reconhecem seus esforços. É desgastante afeiçoar-se a pessoas que deterioram, apesar de todos os seus esforços. As conversas tornam-se unilaterais e só há alguns lampejos de entendimento ou resposta dos doentes. As famílias têm pouca energia para dar-lhes, porque necessitam ajudá-lo. Tudo isso torna o fato de cuidar de um D.A., extremamente estressante.
Um local agradável, bem como um senso de humor apurado, parecem ajudar os cuidares a tolerar a confusão ou comportamentos estranhos. Alguns precisam ser treinados pra isso. Mas é difícil doar-se o tempo inteiro, sem que ninguém "retribua". Grupos de apoio a cuidadores, festas ou um sistema de recompensa ou reconhecimento, ajudam o moral. Seus doentes com D.A. não vão notar seu ganho de peso, o cabelo sem corte, mas seus colegas vão.
Grupos informais de cuidadores são criados, às vezes, durante reuniões, festas e outros eventos. Grupos de apoio não devem se tornar uma tarefa a mais, mas uma recompensa, um lugar para desabafar, compartilhar sucessos e apoiar uns aos outros nos tempos difíceis. Os familiares sempre devem ser estimulados a verificar suas próprias necessidades, devendo os cuidadores seguir o mesmo exemplo. Pequenas interrupções precisam ser encorajadas. Ambientes rotineiros e previsíveis são a melhor coisa para pacientes com D.A., mas são o oposto para os cuidadores. Crie seus próprios intervalos e diversões., permitindo que sua vida social não fique dependente dos pacientes e suas famílias. Isso tornará o trabalho em conjunto, algo mais agradável.

Tomando conta de si mesmo
1. Seja gentil consigo mesmo. Você não criou os problemas que enfrenta diariamente.
2. Você não é um consertador, não pode mudar os pacientes e as famílias, mas pode mudar sua reação diante deles.
3. Ache um esconderijo para refúgio, quando precisar.
4. Congratule-se com os colegas pelo sucesso. Permita que eles façam o mesmo.
5. Mesmo quando você se julgar impotente, fique. Sua presença, às vezes é mais importante do que fazer alguma coisa.
6. Mude a rotina de sua casa, se a rotina do trabalho é cansativa.
7. Ao voltar para casa, pense numa coisa boa que aconteceu durante o dia.
8. Seja criativo e tente algo novo nessa velha rotina.
9. Faça de seu supervisor ou de seu amigo um apoio para melhorar o moral. Duas cabeças pensam melhor do que uma.
10. Algumas vezes você precisa dizer:"Não, não quero". As pessoas vão dar-lhe mais valor, quando disser:"Sim, eu quero". As pessoas precisam de respostas definidas e não de um "talvez" ou ser ignoradas.
11. Ria, brinque e pare "para sentir o perfume das rosas pelo caminho".
Adaptado de Olívia Escobosa, BSN

Por favor, leiam e comentem. Preciso saber se a linha que estou seguindo os agrada. Um bom dia a todos.

domingo, 31 de outubro de 2010

<><><>Esta matéria e a anterior, foram publicadas pelo Portal Cuidar de Idosos, meus parceiros em diversas oportunidades, sempre visando a maior e melhor informação aos nossos seguidores e leitores.<>


Posted: 15 Oct 2010 02:36 PM P

O que está acontecendo com os Conselhos de Idosos O que está acontecendo com os Conselhos de Idosos
Participo do Conselho Municipal do Idoso da cidade de Juiz de Fora MG,  desde 1997. Pela vontade dos conselheiros desse período, tive a honra de ocupar a sua presidência, com a importante participação de tantos outros companheiros – profissionais e dirigentes de entidades gerontológicas, seriamente envolvidos com a melhoria das condições de vida dos idosos da cidade.
Passados 13 anos de lá para cá, eu continuo participando do Conselho. Entendo que é um espaço rico para a aprendizagem democrática e crescimento profissional na relação com a representação de forças políticas diferenciadas, porém com o mesmo objetivo: defender e garantir os direitos sociais dos idosos, á luz da Política Nacional do Idoso e do Estatuto do Idoso.
Os tempos mudaram. A participação das pessoas em fóruns coletivos deliberadores de políticas públicas, nos diversos segmentos da sociedade, na minha opinião, está em baixa. As reuniões frequentemente estão vazias. Colegas desmotivados em participar. São poucos e os mesmos conselheiros que comparecem às plenárias. Não sei, se é uma realidade comum aos outros conselhos de políticas, mas me parece, que o quadro é bem comum a outros conselhos. Sobretudo, na participação dos conselheiros governamentais representantes das secretarias municipais: não vão ás reuniões e os colegas deixam a desejar. Não falo de governo A ou B, tem sido assim há um bom tempo. A representação governamental pode ser melhor e de qualidade. Percebo que não há interlocução entre o representante e o representado na rotina diária da Gestão Pública Municipal.
Onde estão os movimentos sociais? Que bandeiras sociais nós defendemos?
As conjunturas internacional e nacional que estão interligadas são outras. E recai sobre a cidade. Pode parecer um lugar comum, mas afirmo que a sociedade está muito individualista. Está dividida em condomínios entre ricos e pobres. Como diz o funk, “cada um no seu quadrado”. Isolados uns dos outros, vamos em frente, lutando pela sobrevivência; a vencer os dias. O espírito associativista está aos frangalhos na UTI (até para as coisas prazerosas da vida, a frequência das pessoas fica ameaçada).
Eu acredito na saída coletiva para os nossos problemas. Acredito na Política de nossas relações cotidianas, enquanto elemento mobilizador para superar os nossos desafios, tendo em vista, a construção de uma nova sociabilidade, para além dos interesses imediatos do meu quarteirão.


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Posted: 18 Oct 2010 11:22 AM PDT

Doe um pouco de seu tempo Doe um pouco de seu tempo
Vivemos numa época em que ninguém tem tempo de fazer mais nada. É cada vez mais difícil reunir os amigos, visitar amigos e parentes, conversar na porta de casa com um vizinho, dormir, fazer refeições em família, dentre outras coisas prazerosas, mas que acabaram sendo praticamente extintas por nosso atual estilo de vida. Ultimamente, as pessoas trabalham mais, estudam mais, somando isto às atividades de vida cotidiana, acabamos ficando com pouco tempo para convivermos com as pessoas.
Parece que ter tempo virou um artigo de luxo, o que eu considero muito triste. Valorizo muito o prazer de ter um tempo para você, de cultivar relações interpessoais saudáveis com familiares e amigos. Parece que não temos mais tempo de ajudar as pessoas que precisam de algo. Por mais difícil que possa estar a situação econômica, parece mais fácil ajudarmos em dinheiro do que em presença, ou seja, temos mais facilidade em doar coisas materiais (dinheiro, roupas e móveis que não usamos mais, livros) do que em doarmos um pouco de nós mesmos àqueles que necessitam.
Muitas pessoas precisam mais da presença de outra pessoa do que de bens materiais. Em relação ao idoso, seja ele saudável ou dependente, não poderia ser diferente.
  • Assim como as crianças, os jovens e os adultos, o idoso também tem a necessidade de se socializar, ou seja, de ter contato e conversar com outras pessoas, sejam elas de qualquer idade. O idoso também tem necessidade de falar, de escutar o que o outro tem a dizer, de ser escutado. É mito pensar que todos os idosos são ranzinzas ou chatos, eles têm muito o que ensinar e o que aprender.
  • Um grande problema relatado pelos idosos, em especial aqueles mais velhos, que já passam dos 80 anos, é a perda de familiares e amigos. Muitas das pessoas com as quais conviveram no decorrer de suas vidas já faleceram, fator que os deixa sozinhos e deprimidos. Nada os impede de fazerem novas amizades!
Doe um pouco de seu tempo para um idoso. É fácil perceber que um idoso dependente precisa de ajuda para a realização de atividades mais básicas, como comer ou vestir-se.  Por outro lado, em relação ao idoso saudável, pode ser mais difícil perceber que ele também possui suas necessidades e demandas. A principal carência do idoso é de atenção e afeto. Pense um pouco nisso. Independente se o idoso é seu familiar ou não, dedique um pouco do tempo para ele. Poucos minutos podem fazer uma grande diferença na vida daquele que se sente sozinho e desamparado. Sentir que os outros te dão atenção ou gostam de você é importante para minimizar os sentimentos de solidão, de tristeza, melhora a auto-estima e o estado geral de saúde do indivíduo.


As mães não deveriam morrer!


As mães não deveriam morrer As mães não deveriam morrer
Uma amiga perdeu a mãe, de repente. A notícia me alcançou por e-mail, agora que a internet deixou o mundo pequeno. Estou longe, mas também aqui, neste lugar sem distância que é o mundo virtual. Mas com tempo veloz, em que uma hora pode ser um pretérito definitivo na disputa pela supremacia dos segundos. Como era antes, quando as notícias levavam meses para chegar e o mundo sobre o qual falavam já tinha inteiro se transmutado, quando as cartas eram sempre um retrato do passado? Agora tudo é agora. E os tempos se confundem de outro modo. Mas se confundem.
Senti tanto o desamparo da minha amiga, porque sei que as mães não deveriam morrer. Na mesma noite sonhei com meus mortos. Meu avô sentava-se com minha avó ao redor da mesa da cozinha como antes e como nunca, porque meu avô sabia que minha avó tinha morrido e eu sabia que meu avô tinha morrido uns 20 anos depois dela. E uma quarta pessoa, desconhecida de todos nós reunidos naquela cozinha, sabia que eu também já tinha morrido, numa outra época que ainda não chegou para mim. Mas comíamos bolinhos de chuva naquela mesa porque compreendíamos que, no curto espaço de existência, neste soluço entre o nascimento e a morte que pertence a cada um de nós, nem os sonhos devem ser desperdiçados. E ali, enquanto eu dormia num quarto de hotel, éramos uma impossibilidade lógica que conversava e que ria.
Quando perdemos alguém que amamos, a dor é tão extravagante que nos come vivos, como se fosse uma daquelas formigas africanas que vemos nos documentários da National Geographic. A dor está lá quando acordamos. Continua lá quando respiramos. Nos espreita do espelho diante do qual escovamos os dentes pela manhã com um braço que pesa uma tonelada. E, quando por um instante nos distraímos, crava seus dentes bem no coração. Neste longo momento depois da perda, sabemos mais dos buracos negros do que os astrônomos porque carregamos um dentro de nós. E arrancamos cada dia nosso do interior de sua boca ávida, com uma força que não temos, para que não nos sugue de dentro para dentro.
Devagar, bem devagar, muito mais devagar do que o mundo lá fora nos exige, o vazio vai virando uma outra coisa. Uma que nos permite viver. Descobrimos que nossos mortos nos habitam, fazem parte de nós, correm em nossas veias fundidos a hemácias e leucócitos. Que suas histórias estão misturadas com as nossas, que seus desejos se deixaram em nós. Que, de certo modo, somos muita gente, multidão. Como também nós seremos em muita gente, deixando, em cada um, ecos de diferentes decibéis e intensidades. Acolhemos então aquele que nos falta de uma forma que nunca mais nos deixará. Como saudade. E como saudade não poderá mais partir.
Somada, a vida humana é um rio barulhento de memórias no leito do tempo. Enquanto outras espécies sabem, sem que ninguém tenha ensinado, que precisam voar para o sul para não sucumbir no inverno ou que devem escalar dezenas de metros de uma árvore em busca da fêmea para se acasalar num momento preciso, nós perpetuamos lembranças. Não é uma intuição prática, no sentido ordinário do termo. Mas é tão vital quanto o acasalamento ou a fuga do inverno.
SAIBA MAIS
Assim como a natureza tece mil expedientes para perpetuar seus genes, pertençam eles a um chimpanzé ou a uma mosca; nós, cuja diferença evolutiva nos permitiu inventar a cultura e ser na cultura, perpetuamos a vida através da memória. Já que, para nós, não há vida sem a consciência da vida. Transmitimos as histórias, o conhecimento e os sentimentos dos que se foram, tanto como humanidade quanto como indivíduo, como se fossem parte de um DNA imaterial. Do contrário, seria impossível conviver com o privilégio de nossa espécie, a consciência do fim.
Quem não entende isso acha que, quando doamos as roupas e os objetos de quem amamos e se foi ou deixamos de chorar no cemitério, superamos a perda. Não acredito que exista superação no sentido do esquecimento. O que acontece é que compreendemos que aquela pessoa não estará mais no mundo externo, não pertence mais a ele. Mas também não é mais um vazio que grita como nos primeiros meses, às vezes anos. Ela agora mora no mundo de dentro, vive como memória nossa, em nós. E assim não está mais morta, mas viva de um outro jeito. É o que me ensina João, o homem que divide comigo a aventura arriscada de viver. De luto por sua própria mãe, percebo que a carrega nos olhos quando se maravilha com a novidade do mundo.
Ele me ensina que a vida dos mortos em nós não é possessão nem fantasma. Nem é morte. O mórbido é quando não conseguimos dar um lugar vivo para o morto. Então a memória fica pregada naquele momento de horror e a vida se torna impossível, porque a existência não é água parada, mas rio que corre. Acontece quando alguém, pelos mais variados motivos, não consegue fazer o luto e dar um lugar de saudade para a dor. Quando nos fixamos, num dogma ou numa falta, partes importantes de nós gangrenam. Mas quando os mortos se acomodam em nós como lembrança que muda segundo o viver de quem vive, tudo flui. Se há algo que a vida é em essência é movimento. E o luto é um movimento que reabre as portas para a vida ao romper com a rigidez da morte em nós. Por isso, para o luto não pode haver pressa, porque é grande e largo o gesto que temos de fazer acima e apesar do horror que nos atinge até mesmo em partes que nem sabíamos que existiam.
Quando perdeu a mãe, João compreendeu por completo a poesia que Carlos Drummond de Andrade escreveu para a poeta Ana Cristina Cesar, que se suicidou aos 31 anos atirando-se pela janela do 13° andar. Ela fala da diferença entre falta e ausência. “Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim.” É isso. A ausência não é falta. Ou, dito de outro modo, a falta nos come vivos. A ausência, por paradoxal que pareça, nos preenche.
Há um filme de extraordinária beleza sobre a perda, a saudade e o lugar dos mortos em nós. Chama-se “Hanami – Cerejeiras em flor” (Doris Dörrie, 2008 – Alemanha/França). Passou nos cinemas, ainda resiste numa sala ou outra, mas já assisti ao filme na TV por assinatura. Se você encontrar este nome na programação, não deixe de ver. Feche as cortinas, proteja-se do barulho da rua, programe-se para algo especial. O filme conta a história de um homem que não gosta de sair da rotina em sua viagem mais longa e menos previsível. Ele parte em busca de sua mulher e só a encontra quando descobre que ela está dentro dele, nos gestos dele, no corpo e nos olhos que ele empresta a ela. É um filme sobre a morte que nos leva ao único lugar onde vale a pena chegar, à vida.
Quando sofremos uma grande perda ou somos abalroados por uma catástrofe pessoal de outro gênero, as pessoas dizem, para nos consolar e com as melhores intenções, que tudo passa. Acho que, na verdade, nada passa. A frase mais precisa seria que tudo muda. Também nós que aqui estamos como matéria um dia seremos apenas eco. Tanto pelas nossas células que alimentam e se agregam a outros seres vivos a partir da decomposição de nosso corpo como pelas histórias que transmitimos e permanecem além de nós. Aquela que fui ontem já mudou, a ruga que há um ano não existia agora é visível na pálpebra direita, minha percepção do mundo não é mais exatamente a mesma do mês passado, alterada por novas experiências que me alargaram. De certo modo, nascemos e morremos tantas vezes até o fim da vida. E é este o movimento que importa.
Queria dizer isso à amiga que perdeu a mãe de repente. Mas agora minha amiga ouve, mas não pode escutar. A dor a está comendo viva como as formigas africanas. Tudo é horror e absoluto. Mas com o tempo, um período só dela e que não pode ser determinado em parte alguma nem por ninguém, minha amiga vai começar a perceber que a mãe é uma ausência presente no formato das suas unhas, num certo jeito de mexer a cabeça quando fala, na tonalidade rara dos olhos. Está nas palavras e nas histórias que conversam dentro dela, na mitologia familiar que se perpetua, nos sons da memória. E então poderá reencontrar a mãe dentro dela. E levá-la para passear.
E, num dia que sempre chega, viverão as duas como história, como cacos de lembranças encaixados em diferentes rearranjos de vitrais, na vida dos que vieram depois. É pouco, talvez. É tudo o que temos.
ELIANE BRUMJornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo).
Extraído de:  http://bit.ly/aOmIF5

Maus tratos em idosos! Fique atento!


Maus tratos em idosos: em Portugal, como no Brasil. Maus tratos em idosos: em Portugal, como no Brasil.
Os crimes contra idosos aumentaram 120% entre 2000 e 2009, apurou a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima. Todos os dias, dois idosos são maltratados de alguma forma. Além da violência emocional e física, há a registar também os abusos financeiros.
Ao longo de nove anos, as estatísticas da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) registam cerca de dez mil crimes perpetrados contra pessoas com mais de 65 anos. Trata-se, porém, da “ponta do iceberg”, assegura Maria de Oliveira, técnica da associação e responsável pela campanha nacional de sensibilização para esta temática, que hoje é lançada.
Os maus-tratos psicológicos e físicos são as manifestações mais frequentes de violência, mas há outras, por vezes mais subtis ou aceites socialmente, para as quais a APAV quer chamar a atenção.
Extorquir a reforma, coagir à transferência de dinheiro para contas de outras pessoas (mesmo que sejam familiares), controlar a gestão dos bens ou limitar a autonomia financeira, efectuar internamento compulsivo em lares ou abandonar idosos em hospitais constituem formas de violência, sublinha a especialista.
Os crimes financeiros, embora ainda representem uma minoria das denúncias apresentadas à APAV, assumem já uma dimensão significativa.
Resultados preliminares de um estudo sobre violência contra mulheres idosas, realizado em cinco países da Europa, aponta os abusos emocionais e financeiros como os de maior prevalência na população portuguesa, revela José Ferreira-Alves, investigador da Escola de Psicologia da Universidade do Minho. Para este professor da Psicologia do Envelhecimento, a par da crescente visibilidade do fenómeno, assiste-se a um aumento real da violência contra idosos.
Trata-se geralmente de violência doméstica, já que os maus-tratos a idosos são em regra cometidos por familiares próximos e coabitantes. Em muitos casos, estes crimes têm como alvos pessoas com história prévia de vitimização ou ocorrem em famílias atingidas pela toxicodependência. Os idosos que padecem de demências ou outras patologias incapacitantes estão também mais expostos a agressões.
As vítimas não costumam denunciar os abusos, seja porque não têm consciência de que estão a ser vítimas de um crime, seja porque sentem vergonha ou culpa por fazê-lo, principalmente quando os agressores são os filhos, explica Maria de Oliveira.
Campanha de sensibilização
A  campanha que a APAV lança hoje  pretende sensibilizar a sociedade para a necessidade de denunciar as situações de violência e tem também uma vertente pedagógica dirigida aos profissionais de saúde, para que detectem e encaminhem casos de abusos.
Um em quatro é afectado
Um estudo europeu, divulgado no início deste ano, dava conta de que um quarto da população portuguesa com mais de 60 anos foi vítima de algum tipo de violência no ano passado.
Violência psicológica
A violência faz parte da vida de muitos idosos, uma vez que 40% já sofreram algum tipo de violência (a psicológica é mais frequente), de acordo com o mesmo estudo.
Vítima
- Sexo feminino
A maioria das vítimas é do sexo feminino. No ano passado, em 513 dos 639 casos denunciados a vítima era mulher.
- Idade entre os 65 e os 75 anos
Mais de metade das vítimas tem entre 65 e 75 anos e um quarto localiza-se na faixa dos 76 aos 85 anos.
Agressor
- Homens com mais de 65 anos
Mais de 70% dos crimes são cometidos por homens. Tal como as vítimas, a maioria dos autores dos crimes tem mais de 65 anos.
- Cônjuges ou filhos
Os autores dos abusos têm geralmente laços de parentesco: 33% são cônjuges ou companheiros e 30% são filhos. Fora das relações familiares, os vizinhos são os agressores mais frequentes.
Jornalista – Helena Norte

Gostaria de registrar...

Eu acabei de votar na Dilma! Quero registrar, porquê se me arrepender, terei uma prova de que a cagada foi minha!

Ontem foi meu aniversário: 46 anos! Dos quais, os meus melhores anos, onde eu resolveria minha vida, passei enclausurada com o alemão (Alzheimer).
Vieram muitos amigos fiéis e companheiros, e passamos uma tarde gostosa e produtiva. Colocamos assuntos em ordem e fiquei sabendo de novidades que jamais saberia, caso não tivessem vindo.
No final da noite, minha amiga Germana veio aqui e, pudemos conversar por horas. Ela está na mesma situação que eu, há meses. Tá sofrendo, sempre trabalhou (like me) e não se conforma com a nova situação que se desenhou em sua vida. Mas sabe o que é mais curioso? Ela tem dois irmãos, homens, que a ajudam em tudo, até nos trabalhos domésticos.
Na 6ª feira, um deles ficou com a mãe e ela foi ao Rastro do Cowboy, ver um show! Não é show? Eles a ajudam a se distrair do problema. Isto sim são irmãos, que inveja. E sabem o que mais? Tem um dos irmãos dela, que paga uma quantia pra ela, como uma diária, para que ela possa fazer suas coisas. Não é demais!
Em compensação, eu só recebi um telefonema do Dahyl, que deu uma desculpa esfarrapada pra não vir cumprimentar-me e nem sinal dos outros dois. Gozado, né!
Como a realidade é cruel conosco. Nos coloca alguém pra aconselharmos, amarmos e ajudarmos, em sua luta inglória, em compensação, a vida dá a esta pessoa, meios pra viver bem e melhor que a gente.

Culpa! Eles sentem muita culpa! Deve ser difícil mesmo, conviver com um sentimento que nos rouba tanta coisa boa. Não detectaram a doença; não participam do processo de tratamento; não me ajudam e vêm que eles destruíram a minha vida. A vida de alguém que, possam dar a desculpa que quiserem, os ajudou a crescerem e se tornarem adultos e que, hoje, permite que tenham a vida que têm, acabando com a sua própria.
Eu acho que me sentiria culpada também. Mas sou a única que não têm motivos. Estou aqui, todos os dias. Ultimamente, aguentando gritos e desaforos de uma mãe com demência, que resolveu ter dupla personalidade. Na rua é um amor, em casa é um terror. Fases da doença, já sei como seria, mas é difícil aceitar os maltratos, sabendo que esta pessoa depende de mim pra TUDO!
É como a Germana disse: Ela nos dá a vida e depois tira! É assim, queiramos ou não. Ela não escolheu a doença, mas preparou, desde o nascimento, quem iria cuidá-la. Então, sabia qual vida seria destruída. É muito louco, tudo isto. Todavia, é assim.
Quem tem dúvidas sobre o por quê de estar onde está, sofrendo, vendo seus dias se escoando pelos vãos dos dedos... pense! Você verá que estava na cara que você seria o sacrifício oferecido em detrimento da felicidade de todos. A vida é assim.
Mas nada de conformismo. Forjemos nossas armas e vamos à batalha! Ninguém merece ser mais feliz, que nós. Vamos à luta!

Um bom Dia das Bruxas pra vocês e votem conscientemente.

sábado, 30 de outubro de 2010

Tem alguém tentando desestabilizar o blog, atenção.

Mais uma vez, aquela pessoa "anônima" entrou e deixou seu comentário maldoso e, de novo, colocando palavras na boca da minha mãe.
Ela é alegre sim, anda pra todo lado, porque sofre de "perambulação, uma fase da doença. É muito bem cuidada e tratada por mim.
Se ela estivesse na rede, com certeza, endossaria minhas palavras. Ela nunca foi burra. Continua não sendo.
A não ser que a doença pra fora de casa seja outra, não é de mim que ela fala mal, pois ela está sob meus cuidados e nada, absolutamente nada, lhe falta. Pra mim, ela estraçalha meus irmãos que, conforme ela mesma diz "não aparecem nem pra perguntar: tá boa, mula?"
Então, pra esta pessoa, sem caráter, que não tem vergonha na cara pra identificar-se, fica o recado: cuide melhor da sua vida e deixe que da minha cuido eu. Tenho certeza, com base em seus comentários, que é uma pessoa mal amada e precisa de muitos cuidados. Seu coração está podre e endurecido. Não sabe, nem tem idéia do que eu passo aqui, diariamente.
Posar de feliz e contente na rua é muito fácil, principalmente, quando não tem que preocupar-se nem com a calcinha que usa. Eu também seria assim, mas a realidade é bem outra. Uma realidade de remédios ao longo do dia, privando-me de qualquer compromisso; preocupação com comida, proteínas, carboidratos etc, balanceados, pra manter a saúde; ir a médicos em táxi, porquê não pára no ônibus e ninguém (leia-se irmãos), pode levá-la; mau gênio, exigindo de mim, o ser mais bem humorado da terra, ser enérgica e falar-lhe duro pra que compreenda, quando compreende.
Cuide-se "anônimo", recolha-se a sua insignificância e, se um dia, passar por algo parecido, procure-me, posso ajudá-lo. Só não posso fazê-lo com os recalques e culpas que carrega dentro de você.
Ah, e por favor, não suje mais as páginas do meu blog. Aqui é um espaço pra troca de experiências e não pra você usar como penico. Use a sua própria vida, Ok?

Aos amigos e seguidores, um excelente final de semana.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Desculpas...

Devo-lhes mil desculpas, amigos e seguidores. Mas ontem eu fui obrigada a excluir um comentário.
O mesmo deve ter partido de uma das partes que se sentem ofendidas com o que relato, pois trazia um conteúdo que, lendo-o, em nada, me ajudou, nem o faria com vocês.
Quando digo que meus irmãos não têm caráter, a prova estava lá, escancarada pra todos verem. O comentarista assinou "anônimo". Faltou coragem pra dar a cara a tapas como eu faço.
Gostaria de esclarecer, também, que puseram uma palavra na boca da minha mãe, em relação a mim, a qual não condiz com a verdade. Eu a ouço repetir, diariamente: Você é a única coisa boa que eu tenho na vida. Eu te amo muito.
Minha mãe não se referiria a mim em outros termos e, se o fez a alguém, num dos momentos de crise, não foi sincero e, temos que lembrar que ela sofre de demência, não sabe o quê e nem de quem falou. Mas isto só eu estou apta a saber, porquê só eu convivo com ela, diariamente, há 9 anos, não é?
Outra coisa que gostaria de dizer-lhes, a qual eu escrevi num email ao Dr. Márcio Borges, um dia desses. É o seguinte: eu não criei este blog pra agradar a ninguém. A intenção é ajudar com minhas informações e experiências pessoais e com dados médicos, os quais recebo ou pesquiso. Tenho respondido a dezenas de emails, de pessoas que se encontram em situação pior que a minha e tenho podido ajudar muita gente com dúvidas de como proceder. E eu me coloco à disposição de todos os amigos e seguidores, pra dar o meu auxílio, pois estou na função de cuidadora há mais tempo que o normal e, sozinha.
Tudo que escrevo pode ser provado com documentação e testemunhas, não minto. Tenho inúmeros defeitos, mas não sou hipócrita. Sempre lhes digo que imploro a ajuda dos meus irmãos e eles me ignoram. Pelo tempo que vocês vêm acompanhando o blog, já devem ter percebido que não é mentira.
Novamente, me perdoem, mas eu só admiro as pessoas que têm caráter o suficiente, pra dar seu nome ao falar comigo. Não seres sem moral, como este que deixou o comentário, ontem.
Recado: Drika, quero falar com você. Deixe seu email. Vamos trocar experiências.
Um beijo afetuoso a todos, Deus os abençõe e tenham um ótimo final de semana.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Foi bizarro!

Ontem eu recebi um e-mail, de uma tal de lucyravache@hotmail.com, me descascando!
Ela disse que eu era uma pessoa com recalque; que não podia expor meus irmãos como faço; que deveria ver no passado o que eu fiz pra eles, pra me tratarem assim; que eu não era uma pessoa estável psicológica e emocionalmente pra cuidar da minha mãe. Perguntou se eu tinha marido e filhos e daí por diante.
Quem me passou o e-mail, foi o Dr. Márcio Borges, do portal Cuidar de idosos. Inclusive, questionando se aquela pessoa tinha ou não um D.A. em casa, como disse.
Eu respondi, como deveria.
O que eu quero deixar claro aqui, é que meus irmãos não estão fazendo nada contra mim. Minha mãe morrendo, eu fico com a pensão e vou ter uma vida sossegada. Eles estão fazendo contra ela.
Se falo em ir atrás de direitos, é pensando no bem que isto fará a ela: conviver com os filhos que a abandonaram.
Não tenho marido, nem filhos, porque quando deveria estar cuidando disso, cuidadava dela. Meus irmãos se casaram com mais de 35 anos, só a minha irmã casou-se com 30.
Se eu fosse desestabilizada, como a pessoa insinuou, não estaria mantendo minha mãe, muito bem, durante 9 anos. Já tinha pirado e jogado tudo pro alto e não é o que eu fiz, nem vou fazer.
Quanto ao que ela disse de eu ter feito algo a eles, só vou contar-lhes umas coisas: um é um  "cristão", que deixou marcas profundas em inúmeras mulheres por aí, antes de engravidar (em um mês de relacionamento), a sua atual esposa; o outro é bandido de farda, que teve a coragem de dar golpes na família, os empregadores e até amigos; e a outra, é uma oportunista que viveu pra casar-se com um homem rico. Conseguiu. Quando ele faliu, ela deu-lhe o pé na bunda.
Daí, vocês tiram uma vaga idéia de quem são as pessoas a quem eu imploro ajuda e porquê, na conduta que lhes é peculiar, eles me ignoram.
Não fui eu quem fiz nada. Fiz carreira, namorei sério, fui decente a vida toda e, mesmo assim, alvo de críticas, principalmente, pelo posicionamento político. Eles, são os simpáticos e agradáveis, porém são como uma nota de três reais. Se alguém oferecer-lhe, não aceite, é pegadinha.
Só estou compartilhando isto com vocês, pois os comentários que recebo são sempre muito carinhosos e cheios de boa intenção. Esse foi um equívoco.
Bom restante de semana a todos.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Importantíssimo

Quando você, familiar, requisita a interdição do D.A., está fazendo-o para protegê-lo de si mesmo, pois ele perde a noção de valor do dinheiro e acaba por contrair dívidas que depois não conseguirão ser pagas. Não se abale com aqueles "parentes" que têm a ousadia e falta de vergonha na cara de dizer que você queria era ficar com o dinheiro da doente.

Vou dar um exemplo bem simples: eu estava no banco um dia, já tinha procuração da minha mãe, enquanto boa. Porquê eu tinha que ir receber a pensão com ela todas as vezes, pois não lembrava-se da senha. Então passou-me a procuração pra facilitar. Mesmo assim, eu tirava o dinheiro e dava TUDO na mão dela, para usar como quisesse, nem sabia o que era feito do dinheiro.
Quando ela começou a perder o dinheiro; a bolsinha; alguns credores vieram cobrar contas atrasadas há muitos meses e ela nem se lembrava, eu fui ao banco saber o que fazer. Foi neste dia.
No outro atendente, estavam meu irmão policial e sua namorada (hoje esposa), interessadíssimo em sabe como receber a pensão da minha mãe, no lugar dela. Não fosse a procuração que eu já tinha, minha mãe estaria , desculpem o termo, na merda. Acho que foi a voz de Deus que me levou ao banco naquele dia, naquele momento. Eu salvei, pela 1ª vez a vida da minha mãe.
E não é que meus irmãos e CUnhadas, tiveram a cara-de-pau de dizer que a procuração era falsa?
Aí eu entrei com o processo de interdição logo em seguida, antes que o Reca o fizesse, porquê aí minha mãe tava danada mesmo! Não ia sentir nem o cheiro do dinheiro dela e nem os benefícios que ele pode gerar.
Tô contando tudo isso, pra vocês saberem que "eles" não me ajudam, pois eu tenho o documento de Curatela (o papel), então a obrigação é minha de fazer TUDO! Não caiam nessa, a lei não especifíca que o curador é responsável integralmente pelo interditado, principalmente em casos de doentes terminais, porque Alzheimer é uma doença terminal, é bom admitirem desde já e tem uma lei especifica pra ele: A Lei do Idoso. É por ela que tais questões são resolvidas e lá diz que o idoso é responsabilidade de TODOS os filhos, não só de um. Por isso descobri que dá pra fazer algumas surpresas bem desagradáveis a quem se imiscui da resposabilidade. E, posso confessar? Não vejo a hora de começar a fazê-las. Arrependimento não é a palavra que caberá aqui!
E sabem a razão da briga (entre eles), eu não tô nem aí. São 3 salários
mínimos. Que vergonha, não acham? Se não fosse o meu rendimento, o dela não sustentaria esta casa e, eles, FERIDOS e CHEIOS DE RAZÃO, porquê eu fiquei com a dinheirama toda! É pra rir ou não?
Tenham um bom restante de semana e fiquem atentos, a justiça está aí pra nos resguardar os direitos, ok?