Felicidades companheiras
Trancadas na tecelagem incendiada, cento e trinta tecelãs morreram carbonizadas, numa violência desumana sem precedentes. Lutavam por melhores condições de trabalho e salario. Era 08 de março de 1857. Em homenagem as que discutem no senado, nas portas das fábricas, ficou estabelecido: hoje é o dia especial para dar aquele abraço que não foi possível quando ralar com as crianças era indispensável e ficava difícil fazê-lo, aquele beijo desejado postergado porque o telefone tocou insistente. Era Paulinho reclamando do pedido não enviado no dia anterior, do olhar no amanhecer quando já havia escapulido para o banheiro preparando-se para mais um dia de corre corre. Trocando fraldas, preparando o discurso para encerrar a assembleia, amarrando o cadarço do sapato branco que percorre corredores imensos num vai e vem ao atendimento ao homem que sentiu no final da noite uma dorzinha estranha no lado esquerdo do peito, mas que ele tem certeza que é problema na coluna. Sempre olvidam que pode ser o coração cansado dos problemas diários e decidiu naquele dia pedir socorro exatamente quando tudo parecia estar no seu devido lugar.
Escolheram este dia para intercambiarmos afagos, abraços, beijocas, sorrisos, uma flor, ramos de flores, um pedaço de bolo quentinho saído do forno, ou comprado na padaria mais gostosa do pedaço. Escolherem um dia para que os distraídos reparem que a seu lado caminha paralelo há séculos dos séculos, desde Cleópatras, Marias, Madalenas, Marilias de Dirceu, Josefinas, Fridas, Rosas de Luxemburgo ou Acari, Célias das Serras Maestra ou dos médicos família, das Anas de Hollanda, das eternas e insubstituíveis Saras, das fortes Dianas.
Foi melhor assim para lembrarmos que mulheres existem para abrir passagem a felicidade de compartir todos os Por de sol, as lágrimas e alegrias, as lutas e as batalhas em parlamentos ou na cozinhas, barrigas pegadas ao fogão esperando os filhos que chegam da escola, ou debruçadas nos laptop terminando o discurso que farão no final da jornada defendendo o direito às greves, conciliando conflitos, governando nações.
Nas primeiras horas, de um 08 de março intento homenagear aquelas que de uma forma ou outra de mãos dadas com o futuro espalham esperança, amenizam a dor, distribuem aos borbotões punhados de amor pelas gretas deixadas pela vida nos corações da humanidade.
A todas que deixaram um vazio imenso, as que lutam e seguirão assim porque de aço foram forjadas o meu respeito e solidariedade.
Escolheram este dia para intercambiarmos afagos, abraços, beijocas, sorrisos, uma flor, ramos de flores, um pedaço de bolo quentinho saído do forno, ou comprado na padaria mais gostosa do pedaço. Escolherem um dia para que os distraídos reparem que a seu lado caminha paralelo há séculos dos séculos, desde Cleópatras, Marias, Madalenas, Marilias de Dirceu, Josefinas, Fridas, Rosas de Luxemburgo ou Acari, Célias das Serras Maestra ou dos médicos família, das Anas de Hollanda, das eternas e insubstituíveis Saras, das fortes Dianas.
Foi melhor assim para lembrarmos que mulheres existem para abrir passagem a felicidade de compartir todos os Por de sol, as lágrimas e alegrias, as lutas e as batalhas em parlamentos ou na cozinhas, barrigas pegadas ao fogão esperando os filhos que chegam da escola, ou debruçadas nos laptop terminando o discurso que farão no final da jornada defendendo o direito às greves, conciliando conflitos, governando nações.
Nas primeiras horas, de um 08 de março intento homenagear aquelas que de uma forma ou outra de mãos dadas com o futuro espalham esperança, amenizam a dor, distribuem aos borbotões punhados de amor pelas gretas deixadas pela vida nos corações da humanidade.
A todas que deixaram um vazio imenso, as que lutam e seguirão assim porque de aço foram forjadas o meu respeito e solidariedade.
Marília Guimarães
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