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sábado, 31 de julho de 2010

O Rafa machucou-se, ontem.

Meu amigo Rafael, citado no post anterior, foi cortado por um carro, ontem à noite, quando vinha do trabalho.
Ele estava de moto com a Cristiane e caiu por cima do carro, machucando o lado esquerdo do corpo, sem escoriações, mas com muita dor.
A motorista prestou socorro, mas inverteu a história, no depoimento à polícia. Foi um rolo só.
Sabe, isso me faz pensar na coisa mais óbvia e que a agente ignora, às vezes: se for dirigir, faça-o por você e pelo outro, porque se não for assim, sua morte estará sempre por perto.
O cara trabalha o dia todo, a semana inteira, volta pra casa tarde para encarar mais um turno de trabalho e encontra uma irresponsável pela frente, que põe em risco a vida dele e da acompanhante, por falta de atenção!
Será que as placas de 'pare' estão tão invisíveis assim?
Quero deixar um beijo pro meu 'amore' e desejar que ele se recupere logo, pra gente bater nossos papos gostosos e rir um pouco da vida, nem sempre generosa, que a gente leva.
Melhoras, Rafael.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Hoje é sexta-feira !

Bom dia, moçada!
Já estamos em pleno vapor; eu, a mãe e o Alzheimer (rs).
Estava vendo as manifestações de alegria dos twiteiros, pelo fato de ser sexta-feira. E daí? "Se eu quiser farriar, tomar todas num bar, sair pra namorar, o que é que tem?" Tem minha mãe doente, em casa, que não me permite fazer nada disso.
Hoje seria um dia perfeito pra eu sentar no Vide Gula, com meus amigos (80% homossexuais), tomar cerveja e rir muito, mas há tanto tempo que não faço isso com prazer. Se saio é só por sair de casa e deixar a realidade pra trás.
Aliás, eu gostaria de falar sobre meus amigos homossexuais. Eu os amo, incondicionalmente. São pessoas de caráter, bons valores e bons sentimentos. São fiéis e honestos. Mas qual seria a razão de nos atraírmos tanto? Creio que preciso estudar pra saber.
É curioso, porquê todo mundo já reparou no fato e comentam, uns acham normal, outros detonam. Não me incomodo. Eu sou mais eu!
Tenho amigos heterossexuais como eu. Ativos é claro, pois eu tô 'aposentada' há anos. Todavia, não é a mesma coisa. Não é tudo que você pode comentar, que eles aceitam discutir a respeito. Às vezes, você os ofende sem perceber, por não ter papas na língua; costumo ser muito sincera e, sinceridade demais machuca. Contudo, eu posso falar o que quiser e achar que é devido, pros "bichas", que eles levam numa boa, questionam, discutem, têm posições claras e opiniões bem embasadas sobre tudo o que se discute com eles. Tão mais fácil. Parece que não têm aquela fragilidade feminina, nem o rigor masculino. É um mix das melhores coisas dos dois sexos.
E a delicadeza? Ah!!!!!! A delicadeza é incomparável! São como pétalas de flores caindo sobre a nossa face. E um cheiro de 'eu a quero bem, querida', que mais ninguém tem. Sou apaixonada por eles. Seus trejeitos, suas gírias, suas risadas gostosas. Que bom tê-los por perto.
Hoje é 6ª feira e, se eu puder, vou sair da toca só pra dar um abraço em cada um deles e expressar minha imensa alegria em tê-los por perto.
O post de hoje é pra vocês: Ra,Jo,Ju,Dê e todo o resto. Cheio de carinho e gratidão pela amizade. Beijos.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

É difícil...

É difícil assistir à TV e ver tantos leigos atuando na minha área: jornalismo.
Tantas, modelos, atrizes, celebridades etc, roubando descaradamente o lugar de pessoas que, como eu, passaram anos na universidade, fizeram especialização, pós, mestrado e, apesar disso tudo estão amargando o desemprego.
Eu gostaria de viver num mundo onde a dignidade prevalecesse e cada um 'ficasse na sua', fazendo o que é capaz de fazer e não denegrindo a imagem de profissionais gabaritados e talentosos, que
têm tanto a oferecer e sequer têm uma chance.
Estou chatada hoje, muito mesmo.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ontem foi um dia estranho...

Oi pessoal! Bom dia. Luz e paz a todos.
Ontem eu fui levar a mãe, a propósito, ela se chama Nair, ao laboratório de imagens, para realizar uma mamografia e ultrassom. Eu também tive que fazer. Minha mãe foi mastectomizada em outubro de 2008 e câncer de mama pode ser genético, então... lá vou eu, fazer o quê?
Eu já fazia, mas é que agora tem um peso muito maior o resultado.
Rimos muito quando fiz o meu exame, porque eu sou gordinha e tenho 'peitões'. O exame dói pra caraca!
Aí eu ficava chamando a atenção dela pra o que a técnica tava fazendo comigo: 'aí mãe, virou uma panqueca, vou sair daqui com dois filés de alcatra pendurados na barriga'! E por aí afora. Rimos muito, pois, apesar de tudo, sou muito bem humorada.
Aí chegou a vez dela. Só uma mama. Já murcha e caída, deformidades do tempo, que é implacável. Eu fiquei olhando e me lembrei da cirurgia, quando o médico, após o procedimento veio dizer-nos que havia retirado toda a mama, por precaução. Senti uma dor tão forte no peito, parecia que ia morrer. Mutilação.
Chegou em casa e ela arrancou o dreno com as mãos, tava incomodando. Eu lembro que liguei pro meu irmão Dahyl e a Renata atendeu e me deu um esporro, como se culpa fosse minha. Como eu poderia imaginar que ao deixá-la na cama para dormir, faria uma coisa dessas? Minha cunhada foi de uma brutalidade tão grande comigo, que eu chorei horas a fio. Eu não tive culpa. Mas esta foi apenas uma das vezes em que ela me tratou como se fosse melhor que eu (o que não é, mesmo!).
Aí, chegou a hora do banho. Foi quando minha mãe tomou consciência de que um dos maiores indicadores de sua feminilidade e maternidade havia sido amputado. O desespero dela, os lamentos e lágrimas, são coisas que jamais esquecerei na vida. Como doeu! E só eu vi.
Aí chegou o tempo das quimioterapias e ela comia com a Renata, mas quando chegava em casa, se eu não tivesse feito paneladas de comida, ela entrava em desespero. Jurava que não havia comido nada, que minha cunhada a tinha deixado passar fome (reflexos do Alzheimer). Eu nunca disse isso a eles, pra que magoá-los? Eu sou resistente, aguento todas. Eles são frágeis, eu sei, sou a mais velha, ajudei a criá-los, mesmo porque minha mãe era muito doente, tinha problemas neurológicos. Eu brinquei; lavei; dei comida; levei pra creche; pra escola; apanhei (como um cachorro) pelas artes deles e minhas, é claro. Conheço-os como a palma da minha mão e sei que são infelizes. Todos eles.
Mas não é sobre eles que eu vim falar hoje, é sobre ELA.
Impossível não amar uma pessoa que passou por tudo o que ela passou na vida, saiu de casa aos nove anos pra trabalhar; sofreu assédio (quase abuso) do patrão, quando já era mocinha; perdeu o grande amor de sua vida (como eu); casou-se com meu pai (maravilhoso, mas alcoólico), que atribuía a ela adjetivos dos mais ofensivos, quando bêbado; teve quatro filhos, apesar de ter tentado de tudo pra abortar minha irmã, pois não suportava mais ser mãe. E, depois que tudo parecia tranquilo, dentro do possível, ganha um câncer pra coroar uma vida de sofrimento e poucas alegrias. Eu a amo e admiro, com todo meu ser. Tenho orgulho de ser filha dela, apesar de estar estressadíssima por causa da doença que ela tem.
Meu post de hoje é pra declarar minha dedicação e fidelidade a mulher mais importante da minha vida: MINHA MÃE.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Mais um dia no paraíso... Onde mesmo?

O dia começou muito cedo hoje, cinco horas da manhã.
Há algum tempo que minha mãe inventou de acordar-me no melhor do meu sono, pra perguntar as horas, porque ela acha que seus DOIS relógios estão errados.
Acontece que às cinco da matina, está tudo escuro. Onde será que ela quer ir a essa hora?
Bem, eu acordo pistola da vida e vou tomar meu remédio para pressão alta, pois a dor na cabeça é instantânea e insuportável.
Você me pergunta: nossa, mas tem isso nas características do portador de Alzheimer. Respondo: não!
Já perguntei ao médico dela e ele me disse que os doentes dormem super bem devido à medicação.
Então o que pode ser? Duas coisas:
1ª) Ela não quer que eu me esqueça que ela existe, nem no único período do dia que eu tenho só pra mim. Então faz isso de propósito.
2ª) Como ela não faz absolutamente nada durante todo o dia: não lava, não passa, não limpa, não cozinha (só aos domingos eu a deixo fazer sua comidinha); fica sentada na cadeira de área, vendo TV de longe ou deitada no sofá; anda pra rua três ou quatro vezes por dia, atrapalhando quem tem o que fazer, enfim, ela não cansa nem o corpo, nem a cabeça... como vai ter sono?
Quando eu falo de cansaço, muitas pessoas não entendem o que eu quero dizer. Então taí uma amostra do quanto um demente de Alzheimer pode estressar uma pessoa normal que, embora seja sua cuidadora, também tem vida própria (ou tinha).
O pior é que pra fora de casa, ela reclama de mim; mente sobre a vida dela; jura que se mata de trabalhar; fala que eu não digo que dia é; que agrido ela (pois é); que não faço companhia (como assim? Eu fico em casa o dia inteiro, salvo raras exceções); que eu a xingo; e por aí vai. O problema não são as mentiras, mas quem escuta, pois não sabe o real estado dela (ela engana bem, muito saudável). Eu me vejo em cada encrenca, dando satisfação pra pessoas que ouviram os disparates dela e vêm me repreender. Não é mole.
Quer ver. Ontem, ela me perguntou: será que o Dahyl me leva na casa da Gonha, faz tanto tempo que eu não a vejo. Minha irmã lanchou com ela na semana passada. Ah! E ainda reclamou que seus filhos não têm sentimentos, não vêm vê-la, mesmo sabendo que está doente. Do jeito que ela me  'massacra', é normal que meus irmãos não queiram cuidá-la. Não é justo, mas eu os entendo. Sobrou pra mim.
Enfim, têm dias em que eu penso: nunca deveria ter deixado meu trabalho, mesmo com a melhor das intenções. Cada um que fizesse sua parte e pronto.
E, hoje, ainda tenho que levá-la ao médico, em Bauru, de ônibus e aguentar o falatório sem fim e o mau humor dela, quando sai de casa. Valha-me Deus.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Eu fui ameaçada, ontem!

É verdade! Nem eu tô acreditado!
Meu irmão Dahyl, mandou-me o seguinte SMS:"Falando em cyber, hj encontrei um amigo advogado que está enriquecendo com ações contra crimes digitais, nem imagnava que isso existia, ele me contou um caso de Bauru, onde o cara fez um blog só para falar mal da ex-esposa, ela o contratou, disse que arrancou até as calças do cara... É o ramo da moda na advocacia" (recebida às 23:43:14).
É ou não é uma ameaça aos posts que venho escrevendo sobre os problemas que tenho em casa, com a falta de ajuda dele, do Reca e da Gonha em cuidar da minha mãe, com Alzheimer, durante os útimos nove anos? O que acham? Tá claro, né?
Pois eu gostaria de salientar, pra ele, quando ler o post de hoje, que existe um recurso na lei, que permite a uma pessoa que sinta-se usurpada em seus direitos (usada, discriminada, marginalizada, abandonada), tirar até o escalpo de quem a está submetendo a tal situação, desde que ela tenha prova (tenho montes e montes). Como eu já disse antes, não sou a retardada da família e sim o gênio. Estou me respaldando há anos pra uma emergência e se for agora, o bicho vai pegar.
Eu quero deixar as coisas para o Justo Juiz, mas estou envelhecendo, assistindo meus sonhos esvaindo-se e a Justiça Divida, tardando... como toda justiça é por Deus instituída, vamos dar um crédito aos homens. Já deu pra cansar, sabiam? Estou mais que farta!
Ah! Tem mais uma coisa, ele mandou outro SMS dizendo: "não imagina o que é ter três pessoas dependendo de você etc". Como assim? O cara tem 20 anos de Tilibra e é casado com uma DOUTORA em periodontia. O que ela está fazendo que não o está ajudando? Pois, roupas de grife pra todos, inclusive as crianças tem; dinheiro pra ir ao Rio de Janeiro, ver o pai dela tem; minivan pra ostentar uma posição perante a igreja e os amigos, também tem; então? O que está havendo? E sou eu quem não dou bom testemunho, porque questiono as atitudes de Deus? Questiono mesmo. Quero saber a razão de tudo. É meu direito. Sou criatura dele, não pedi pra nascer.
Hoje acordei com a tocha! Meus irmãos acham que vão pisar em mim, até quando?
Ah! Já ia me esquecendo. Quero salientar que, não fosse o sacrifício da minha vida, nenhum deles teria o que têm, levaria uma vida tranquila, com sua rotina de trabalho e suas famílias crescendo e eles progredindo.
Foi pelo simples fato de eu deixar de viver, que eles podem viver sossegados. Deveriam beijar meus pés, não me ofender e hostilizar. Mas tem muita gente vendo. São muitos anos, pra que ninguém perceba o que fazem a mim. E isso é ponto positivo pra Giselinha aqui.
Tenham um bom dia queridos seguidores e obrigada pela fidelidade.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Eu amo meus irmãos

"Nem por força, nem por violência, mas pelo Seu Espírito".

Acredito, no nome do Senhor Jesus, que corações serâo quebrantados, reduzidos a pó e, meus irmãos biológicos hão de compreender a minha necessidade de ajuda, nos cuidados com minha mãe querida.
O Espírito Santo de Deus há de fazer o milagre que aqui é necessário e, eles, por vontade própria hão de reconhecer o meu sacrifício de amor e me ajudarão a passar por fase tão dolorosa.
Graças aos meus cuidados intensivos e fiéis, minha mãe é forte e saudável, mas haverá uma hora em que eu não suportarei mais o peso de tanta resposabilidade, pela integridade física da minha mãe.
Rogo que o Senhor, que é o centro das minhas vontades, manifeste-se e todos verão como preciso deles, como família e como co-cuidadores da vida dela.
Nos meus passos, Jesus faria o que estou fazendo.
Amém.

Feliz, muito feliz...

Estava descendo de moto para trocar um relógio de parede, por um caminho diferente, acho que foi 6º sentido... quando olho pro chão, uma coisa preta rodeando-me: ELA! A Kiki! Toda suja, com sede e fome, mas lá estava ela, a luz que faltava pra iluminar o meu dia. Toda sacolejante, feliz por ter encontrado a mãezinha dela.
Chorei muito. Acúmulo de coisas, mas felicidade extrema.
Bem vinda, meu amor!

Triste, muito triste

Ontem foi um dia ímpar na minha vida. Minha esperança de rever minha cachorrinha esmoreceu. Ninguém sabe, ninguém viu. Tá difícil o trato com a minha mãe, apesar de saber que ela não sabe o que faz, me deixar tão triste justifica um certo silênciao da minha parte.
Além disso, tive mais duas informações horríveis: meu irmão mais velho, o Dahyl, vai trocar de carro e minha casa precisa de inúmeras reformas, mas isso jamais foi cogitado. Nenhuma colaboração vai sair dele, mesmo sabendo que é herdeiro desta miséria.
A outra, é que minha irmã, Gonha (Luciana), estava nas Águas Quentes com o filho e o sobrinho, divertindo-se, e sequer é capaz de passar uma tarde com a mãe. Ainda reclama em carta 'que pena que não tem ninguém que cuide dela direito', porquê ela não cuida? Leva pra passar uns dias, ou um mês com ela e cuida direito, me mostra como é. DUVIDO. Depois escreve que está há 20 anos longe de casa e que minha mãe não sabe a saudade que tem. Como assim? Ficou cinco anos sem aparecer e agora vem duas vezes por ano e não passa nenhum dia com ela. Que saudade é essa? Desconheço. Eu morava em São Paulo, mais longe que a casa dela e vinha todo final de semana.
Como eu soube? Minha cunhada, Renata, apareceu aqui de manhã e, minha mãe, toda falsa, saiu bradando 'que bom que apareceu uma coisa boa aqui', depois esquece até que teve visita. Só fala bobagem. Não gosta dela e nem eu, é rixosa e, fica mandando-me indiretas, como se eu fosse a retardada da casa, não o gênio.
Outro dia conto mais coisas

quinta-feira, 22 de julho de 2010

MINHA CADELINHA NÃO VOLTOU

Aos poucos o Alzheimer vai me tirando tudo. A sanidade da minha mãe, minha vida pessoal e profissional e, agora, as coisas que eu mais amo.
A Kiki é como a filinha que Deus não me deu. Uma viralatinha preta, peludinha e baixotinha. O carinho personificado num animal.
Meu coração está despedaçado. Não há lágrimas que compensem a minha perda. E, eu sei que ela não se perdeu, pois aqui moram 10 mil pessoas, a cidade é minúscula. Ou foi atropelada por algum infeliz ou alguém a prendeu.
De qualquer forma, havia muito tempo que eu não ficava tão triste e sentindo-me tão sozinha na vida.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Minha mãe é um 'SER'...

Ontem eu cheguei em casa, à noite, de moto, e ia desligá-la, como de costume, para guardá-la. Eis que aparece a minha mãe, em seu pijaminha verde e...
Tô cansada de falar pra prender os cachorros, antes de abrir o portão da garagem, eles fogem. É a mesma coisa que falar pra deixá-los soltos. Conclusão: dois fugiram, a Kiki e o Pit.
Eu guardei a moto, troquei de roupa e estava saindo pra caçá-los, quando escorreguei numa poça de urina canina e me estatelei no chão. Torci o pé e machuquei as costas.
Como se não bastasse, a minha mãe 'pamonha', já tinha voltado pra cama. Eu comecei a URRAR e chamá-la, foram uns 10 minutos, molhada de xixi de cachorro, sem conseguir levantar e NADA de mãe ouvir meus pedidos (gritos) de socorro.
Sabem o que é pior?
O pior é que três vizinhos diferentes, com calça de pijamas apareceram no portão de casa, assustados, achando que minha mãe tinha morrido e eu gritava de desespero! Que vergonha!
Sorte que eles me viram caída, entraram e me colocaram numa cadeira de área, aí foram acordar a minha mãe.
Alguém tem idéia do constrangimento?
E a Dª Nair sái com a cara mais feia do mundo, querendo saber o que aquele monte de homens, sem camisa, estava fazendo em casa àquela hora. ELA dispensou os 'socorristas' e me largou toda molhada e com o pé torcido, sentada na cadeira e voltou pra cama. E eu, com dor pra todo lado, tive que pular como saci até meu quarto, é mole ou querem mais?
O Pit voltou, tá aqui, ao meu lado, mas a Kiki não chegou até agora. Foi-se a minha cadelinha gostosa.
E tem gente que fala; 'tenha paciência, essa doença é cruel'. É mesmo! COMIGO! Quem vai morrer por causa do Alzheimer sou eu, de tanta raiva e nervoso que  passo. Deus me tenha piedade!
Alguém aí quer a minha mãe de presente por um tempo? (Porquê nem os outros filhos querem, por um dia, que seja)
Estes são os piores nove anos da minha vida, tenham certeza de que oro pra que nenhum de vocês passe por isso.

terça-feira, 20 de julho de 2010

O que é importante

"O importante não é o ponto onde você se encontra, mas sim a direção em que caminha os passos e a vida que se propõe a seguir.
O ambiente que te rodeia, o ponto de onde partiste e o trecho do caminho já percorrido, não são tão importantes como a atitude mental que resolveste continuar a marcha e o rumo que há de dar a sua vida.
Por isso, celebre neste dia a alegria de viver, de errar, de se emocionar e de ter amigos que com você podem contar e vice-versa, pois o mais gratificante da existência em todos os nossos dias é nos sentirmos úteis a quem temos apreço e a quem precisa."
Feliz Dia do Amigo

FELIZ DIA DO AMIGO

Amigos, vocês são a coisa mais importante que Deus me deu. Eu amo todos vocês e estou pra vocês, quando e sempre que precisarem de mim. Deus abençõe vocês!!!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Eu ouvi uma coisa absurda ontem...

Meu irmão mais velho me disse que eu estou cuidando há 9 anos da minha mãe, não por amor, mas por segurança. Que segurança?
Eu parei de trabalhar, não comprei uma casa (eles têm), vivo na casa dela, a qual é deles também... e vocês sabem o que vai acontecer quando minha mãe desencarnar, não é? Pelo caráter que vêm demonstrando, é PÉ NA BUNDA DA GISELE e minha parte na casa não dá pra comprar sequer um terreno. Estou muito segura, não acham?
A cada dia que passa fico mais estressada, com ímpetos de recorrer à justiça pra reivindicar meus direitos. O cuidador tem vários direitos, disso eu já me informei, então posso tirar vantagem disso.
Aí eu penso: "Ah, são meus irmãos, apesar de tudo", não posso ferrá-los. Mas eles não estão me ferrando?
E minha mãe reclamando:"Sabe que a gente não tá bem e vai dormir", ela não está bem há anos e eu ouço isso todos os dias. E eu, será que não posso me sentir mal? Não posso ter cólicas? Dor de estômago ou gripe?
Não! Não posso!
A doente é ela, eu não tenho direito a nada, nem a ficar dodói.
O que mais me magoa é a falta de compreensão dos irmãos que ajudei a criar. Não entendem que eu preciso de um tempo pra mim, como eles têm. Tenho que respirar longe da minha mãe, não vê-la ou ouví-la por um dia. Ir a um cinema (adoro!). Queria ficar quieta, eu comigo mesma, entendem? Tô ansiando por solidão, é mole?
Torçam por mim, pra que tenha forças pra continuar. Tchau.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O que foi que eu fiz...?

Eu abandonei minha carreira de jornalista promissora, para ajudar a cuidar de minha mãe, a qual sofre de Mal de Alzheimer; estava certa que seria uma fase apenas e que meus irmãos logo envolveriam-se no processo e os cuidados seriam coletivos. Eu voltaria a minha vida feliz de antes.

Já são 9 anos de claustro absoluto, sem NENHUMA AJUDA DE NINGUÉM. A mãe passou a ser só minha.

Não me casei, não procriei. Fiquei sem família nenhuma, nem a minha, nem a que eu formaria, nem a do meu marido (agregada). Nada! Não tenho casa pra morar depois que ela se for. Nunca mais saí para passear. Só vou à cidade vizinha (13 km de distância), onde estão os 'fervos', quando é pra levá-la ao médico... e de táxi, pois, embora todos os irmãos tenham carros, nenhum se dispõe.

O pior é que não está bom pra eles. Têm sempre um defeito pra apontar, algo que não foi feito etc., como se eu tivesse a obrigação de cuidar de tudo (dona-de-casa) e estar pronta para a inspeção a qualquer momento.

Acreditem: ninguém fica com ela UM DIA pra eu descansar a cabeça. Estou estressada demais, eu mesma condenei-me a uma vida sem vida! Acabou!

E tem gente que reclama de cada bobagem, nem imagina o que é ser infeliz! Isso não é um sacerdócio é um sacrifício, a cruz mais pesada que um ser humano talhado para a felicidade e sucesso pode carregar.

Deus?

Penso que Deus tem raiva de mim e nem sei o por quê. Não é normal uma condenação como essa. A de Jesus foi pior, concordo. Mas Deus amava Jesus verdadeiramente? Não sei.

Não sei de mais nada, só que estou extremamente infeliz, assistindo a felicidade e o progresso dos "queridos" irmãos, rindo-se da minha desgraça.

Pronto! Falei

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Gorda

É difícil ser gorda, sabia?
Principalmente quando você chega num consultório de um endocrinologista, cheia de fé, achando que aquele novo médico vai achar uma solução milagrosa pra desgraça da obesidade que apossou-se do seu corpo, o qual era modelo de saúde e beleza, há poucos anos atrás.
Aí o milagreiro vem com um cardápio padronizado, aquele que todo médico dá, e acha que um Xenical (aquele que faz você 'cagar' nas calças) vai resolver. Só que você já usou e, também, anfetaminas; sibutramina; homeopáticos; dietas da lua, do sol, da sopa, das quatro estações, e; regimes e mais regimes.
Seus amigos continuaram suas vidas e você isolou-se, pra não expor-se a olhos despreparados ou desacostumados a deformidade na qual tornou-se. Até sua mãe e seus irmãos lhe cravam de adjetivos perjorativos. E você ouve, acredita, o espelho reafirma e a sua vida torna-se um claustro de solidão e vergonha de si mesma.
É assim que sinto-me dia após dia e, é assim que me sentirei, talvez, pro resto da minha vida miserável.
Sei que alguém lerá meu desabafo, perdoe, eu precisava expressar minha tristeza.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Ter ou não ter um corpo pelo qual chorar

O que terá sido feito do corpo da moça bonita?
Cães estariam envolvidos na barbárie ou foi mais um tiro no escuro?
E os pais, choram a ausência, sem o objeto da ausência... é justo?
E o 'matador' de sonhos sairá semi-ileso, graças ao nosso sistema judicial?
Questões e mais questões, mas... cadê a moça bonita?