Ontem eu cheguei em casa, à noite, de moto, e ia desligá-la, como de costume, para guardá-la. Eis que aparece a minha mãe, em seu pijaminha verde e...
Tô cansada de falar pra prender os cachorros, antes de abrir o portão da garagem, eles fogem. É a mesma coisa que falar pra deixá-los soltos. Conclusão: dois fugiram, a Kiki e o Pit.
Eu guardei a moto, troquei de roupa e estava saindo pra caçá-los, quando escorreguei numa poça de urina canina e me estatelei no chão. Torci o pé e machuquei as costas.
Como se não bastasse, a minha mãe 'pamonha', já tinha voltado pra cama. Eu comecei a URRAR e chamá-la, foram uns 10 minutos, molhada de xixi de cachorro, sem conseguir levantar e NADA de mãe ouvir meus pedidos (gritos) de socorro.
Sabem o que é pior?
O pior é que três vizinhos diferentes, com calça de pijamas apareceram no portão de casa, assustados, achando que minha mãe tinha morrido e eu gritava de desespero! Que vergonha!
Sorte que eles me viram caída, entraram e me colocaram numa cadeira de área, aí foram acordar a minha mãe.
Alguém tem idéia do constrangimento?
E a Dª Nair sái com a cara mais feia do mundo, querendo saber o que aquele monte de homens, sem camisa, estava fazendo em casa àquela hora. ELA dispensou os 'socorristas' e me largou toda molhada e com o pé torcido, sentada na cadeira e voltou pra cama. E eu, com dor pra todo lado, tive que pular como saci até meu quarto, é mole ou querem mais?
O Pit voltou, tá aqui, ao meu lado, mas a Kiki não chegou até agora. Foi-se a minha cadelinha gostosa.
E tem gente que fala; 'tenha paciência, essa doença é cruel'. É mesmo! COMIGO! Quem vai morrer por causa do Alzheimer sou eu, de tanta raiva e nervoso que passo. Deus me tenha piedade!
Alguém aí quer a minha mãe de presente por um tempo? (Porquê nem os outros filhos querem, por um dia, que seja)
Estes são os piores nove anos da minha vida, tenham certeza de que oro pra que nenhum de vocês passe por isso.