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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Resposta a um pedido de ajuda. Leiam, que interessante!


Cara Gisele
Boa noite!
Apesar da minha formação, sinto-me na impossibilidade de ajudá-la via on-line, pois o seu relato, sugere a necessidade de um acompanhamento psicológico, para que você possa lidar com as consequências provenientes do "cuidar" da sua mãe, escolha essa que parece-me ter ocorrido por necessidade e não por opção.
A cobrança da sua mãe em relação a você, vai de encontro a sua auto-cobrança, por isso passa a ter um peso muito maior, mas pense com muito carinho no que vou te dizer:
Quando temos sonhos e não os realizamos, eles podem até mudar, mas nunca deixam de ser um sonho esperando para se tornar realidade. Muitas vezes, na nossa vida, somos obrigados a adiar esses sonhos por opção ou por algo alheio a nossa vontade, mas na maioria das vezes não desistimos de sonhar, porque sonhar nos mantem vivos.
Não quero questionar a falha no seu amor pela sua mãe, mas gostaria que você pensasse um pouco na falta de amor  que sente por si mesma e que, talvez, tenha sido a causa de todo seu sofrimento no decorrer desses 9 anos.
O que eu posso te garantir é que "ninguém pode voltar atrás e  mudar o começo, mas qualquer um pode começar agora a mudar o fim da sua história."
Faça uma retrospectiva da sua vida para que possa resgatar os sonhos que se perderam pelo caminho, trazendo-os de volta a sua vida atual, depois tente selecionar os que ainda são prioridades e a partir daí se dê o direito de torná-los realidade, mesmo que hoje seja mais difícil, porque se você foi capaz de se tornar infeliz por cuidar da sua mãe, com certeza voce é capaz de se tornar feliz por cuidar de você.
Tente não colocar obstáculos na busca pela sua felicidade e quando eles surgirem, crie estratégias para ultrapassá-los, mas nunca desista de ser feliz.
Pense na possibilidade de delegar os cuidados da sua mãe a outra pessoa ou a uma instituição de confiança para que você possa ficar somente na supervisão dos cuidados.
Pelo seu relato, hoje você se enquadra no que denominamos de "cuidador ferido", ou seja um cuidador que precisa de cuidado, portanto sem condições de cuidar.
Procure ajuda de um profissional de psicologia na sua cidade. Tenho certeza que será de muita valia.
Um grande abraço.
Espero que voce possa colorir sua vida em breve.
Eliana
(psicóloga)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

"A pérola nasce do sofrimento da ostra"

O meu blog foi indicado como referência sobre Alzheimer



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Posted: 14 Nov 2010 06:14 PM PST



Sites que indicamos sobre cuidar de idosos Sites que indicamos sobre cuidar de idosos
Esta é uma seleção feita por afinidades e por méritos. Todos os sites relacionados são voltados para a temáticas do cuidado com os idosos, principalmente os mais dependentes.
  • Com muito carinho, o site Reabilitação Cognitiva – http://www.reabilitacaocognitiva.org/ – das queridas terapeutas ocupacionais Ana Katharina e Ana Paula Mendes. Visual bacana e conteúdo nota 10! Confira!
  • Outro site legal é o Fisioterapia Gerontológica: http://fisiogerontologica.blogspot.com/ – da fisioterapeuta Cristina Ribeiro, de Foz de Iguaçu. Aliás, além de ser uma excelente fonte de consulta para o trabalho da fisioterapia gerontológica, estamos muito contentes de ter a sua autora entre os novos colaboradores do portal Cuidar de Idosos. Seja bem vinda, Cristina!
  • Associação Brasileira de Alzheimer: www.abraz.org.br – site da ABRAz nacional, autoridade sobre Alzheimer em todo o Brasil
  • Um clássico da temática gerontológica, é assim que definimos o Portal do Envelhecimento: http://www.portaldoenvelhecimento.org.br/. Liderados pela Beltrina Corte, este portal é o mais antigo e completo porta-voz da comunidade gerontológica brasileira. E está de cara nova, muito mais bonito!
  • “Nossa principal finalidade é atuar como um centro inovador de pesquisas, capacitação, assessoria e ações em Gerontologia, buscando o desenvolvimento de tecnologias alternativas e a divulgação de conhecimentos técnicos e científicos voltados para as questões do envelhecimento humano.” Este é o site GERAÇÕES:http://www.geracoes.org.br/nova/.
  • Se você quiser conhecer um verdadeiro Centro de Referência para Idosos, o portal Cuidar de Idosos indica o CRI Norte – Centro de Referência do Idoso da Zona Norte de São Paulo, onde trabalha o geriatra Carlos Uehara. Obra conjunta da Associação Congregação de Santa Catarina e a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, hoje é referência nacional em cuidar de idosos: http://www.crinorte.org.br/
  • Portal Equilíbrio e Quedas em Idosos – PEQUI – http://pequi.iv.org.br/portal– Como está escrito no próprio site: “O objetivo deste portal é permitir a comunicação entre interessados e a disseminação de informações sobre prevenção de quedas em idosos. Queda é um evento freqüente e limitante, sendo considerado um marcador de fragilidade, morte, institucionalização e de declínio na saúde de idosos.”
  • GITZ: Este blog visa informar sobre como é a vida de um cuidador de doente de Alzheimer e ajudar os que não sabem o que fazer. Aqui eu também falo sobre minha experiência pessoal diária com um D.A. Há 9 anos, sem contar com a ajuda de nenhum dos 3 irmãos. Às vezes, também, me aventuro por outros assuntos. Sigam: http://gisele-gitz.blogspot.com/
  • Harmonia de Viver: http://harmoniadeviver.net.br/. Da incansável Judy Robbe, de Belo Horizonte MG. Uma das mais antigas e conhecidas trabalhadoras da causa Alzheimer do Brasil.
  • “Promover o bem estar do idoso, zelando por sua saúde e respeitando a sua individualidade, contando com uma equipe de Profissionais da Saúde altamente qualificados.” Esta é a missão do CIAPE: Centro Interdisciplinar de Assistência e pesquisa em Envelhecimento, de Belo Horizonte MG:http://www.ciape.org.br/
  • Observatório Nacional do Idoso: http://www.observatorionacionaldoidoso.fiocruz.br/
  • Associação dos Cuidadores de Idosos de Minas Gerais. Inovadora e pioneira, congrega cuidadores de idosos de Minas Gerais:http://www.aciminas.com.br/
  • A Pastoral da Pessoa Idosa foi criada pela incansável e saudosa Dra. Zilda Arns, falecida tragicamente no terremoto que acometeu o Haiti. Referência em cuidar de idosos em todo o Brasil, a Pastoral é ponto obrigatório para quem quer aprofundar um pouco mais sobre o assunto: http://www.pastoraldapessoaidosa.org.br/
Finalmente, não deixam de dar uma “passadinha” na Comunidade PROCURO CUIDADOR DE IDOSOS, que é capitaneada pelo portal Cuidar de idosos e vem crescendo cada vez mais (já temos mais de 350 membros), com muitos familiares de idosos, cuidadores de idosos e profissionais de saúde, discutindo as relações de trabalho dos cuidadores de idosos e familiares, dicas de como cuidar melhor de seus idosos dependentes e muitos outros assuntos. O link é:www.procurocuidador.com.br

Visit PROCURO CUIDADOR DE IDOSOS
 Sites que indicamos sobre cuidar de idosos

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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Decálogo contra os maus tratos de idosos

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Posted: 10 Nov 2010 12:36 PM PST


Decálogo contra maus tratos Decálogo contra maus tratos
  1. Dignidade. Os idosos devem ser tratados com respeito.
  2. Inclusão social. Evite, nos idosos,  isolamento e solidão.
  3. Ação imediata, quando detectar sinais de ferimentos sofridos pelos idosos,  por abuso e negligência.
  4. Personalizar o seu ambiente. Adaptar o espaço para garantir a independência dos idosos.
  5. Responder ao desejo de satisfazer as necessidades de saúde dos idosos.
  6. A boa qualidade da alimentação, de acordo com gostos e necessidades dos idosos.
  7. Respeitar a privacidade dos idosos.
  8. Promover a manutenção ou a recuperação do máximo de autonomia dos idosos.
  9. Auxílio de cuidadores e familiares para facilitar a mobilização, higiene e limpeza nos idosos.
  10. Envolver as famílias no cuidado e na tomada de decisão compartilhada.
 Decálogo contra maus tratos

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sábado, 13 de novembro de 2010

Eu apenas queria que vocês soubessem como está difícil

Está difícil. Muito!
Ela está agressiva demais. Me ofende, xinga, dá barracos... me deixa em situações delicadas; faz cara feia pra meus amigos quando vêm em casa e os trata mal.
Toda atenção é só pra ela. Busca, obriga a ter atenção e dedicação. Não reconhece nada que eu faço. Nada tá bom.
Reclama se eu não deixo fazer mais gastos desnecessários, porque ela acha que ganha 15 mil de pensão e gasta como se ganhasse e eu? Eu fico atarantada, tapando um buraco aqui, outro ali; tentando comprar o necessário e me abstendo de coisas que preciso, por causa da inconsequência dela.
A perambulação diária me incomoda demais. Não tem hora. Não escolhe casa, nem pessoas. Atrapalha quem tem o que fazer e tem gente que vem reclamar comigo e não posso fazer nada...
Não vou colocar um cadeado no portão! Moro numa cidade com 10 mil habitantes, todo mundo vai ficar sabendo que prendi minha mãe no meu claustro, pois ela fará um escândalo, e eu vou pra cadeia, né?
E o velho problema: NINGUÉM AJUDA!
Com nada. Nem com um alimento, ou uma roupa ou calçado pra ela. Nem um tostão pra pagar um IPTU. Nada! E ainda criticam. Minha irmã, em carta, lamenta que ela não tenha quem cuide dela direito. Olha o absurdo! Alguém que não passa um dia inteiro com ela, a cada seis meses, questiona a maneira como eu cuido. Poxa, eu cuido, e ela? Por quê, então, não leva pra casa dela e cuida direito, lá?
Tô, especialmente, farta. E os dias parecem estar cada vez mais pesados e doloridos. A paciência minou, diante de tantas palavras tortas.
Não estou aguentando o fardo, tem um peso descomunal. É como se Deus houvesse esquecido que tenho um limite a ser respeitado no suportável. Como se Ele tivesse se distraído com outra coisa e esquecido de aliviar-me a carga.
Estou muito cansada. Alguém me ajude. Por favor!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Os filhos não querem cuidar de seus pais




Os filhos não querem cuidar de seus pais Os filhos não querem cuidar de seus pais
A partir de vários comentários que chegam até nós pelo portal ou por email é possível concluir uma triste realidade: os filhos não querem mais cuidar de seus pais idosos, principalmente quando eles estão doentes. Acho revoltante deparar com esta realidade, principalmente se pensarmos que foram nossos pais as pessoas que cuidaram de nós enquanto crianças, dependentes, nas vezes que ficamos doentes.
É cada vez mais comum o relato de filhos que se sentem sobrecarregados, pois os irmãos ou outros familiares se retiram, e sobra para apenas um dele a árdua tarefa de cuidar de um idoso dependente. Uma coisa é fato: não existe uma lei que obrigue todos os filhos a cuidar dos pais idosos, em igual proporção. O Estatuto do Idoso, em seu Art 3° Paráguafo único -  V, ilustra claramente a “priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência.” Ou seja, o idoso deve ser acolhido por sua própria família (filhos netos, irmãos, etc), sendo o atendimento em instituições recomendado apenas para os idosos que não possuem família ou que não tenha condições de se manter. Porém não há como obrigar a todos os irmãos se dedicarem na mesma proporção.
É um absurdo as pessoas procurarem leis que obriguem os filhos a exercerem sua função de filhos, penso que cuidar dos pais idosos seja uma tarefa tão natural aos filhos quanto cuidar de filhos pequenos é atribuição dos pais. Quando uma mãe ou pai se recusa a cuidar de um bebê ou abandona-o, toda a sociedade se revolta com um ato de atrocidade contra um incapaz. E quando o inverso acontece? Um idoso dependente é tão vulnerável quanto um bebê, ou seja, não tem condições de se alimentar sozinho, de se vestir sozinho e de defender-se.
Seguem abaixo algumas justificativas que filhos têm lançado mão para não cuidarem de seus pais idosos:
“Meus irmãos não me ajudam, estou sozinha para cuidar de papai!”. Não é certo “tirar o corpo fora” e deixar toda a tarefa de cuidar para apenas um irmão! Porém, mais errado ainda é este irmão deixar o idoso de lado. Isto é crime! Abandono e negligência do idoso são crimes e, quando denunciados, os agressores irão responder criminalmente. Não faz sentido criticar a falta de alguém (o irmão que não ajuda) cometendo a mesma injustiça. O idoso é que sai prejudicado. E se o cuidador fosse filho único e não tivesse nenhum irmão para dividir os cuidados? Muitas pessoas nessa situação conseguem alternativas (cuidador, ajuda de terceiros, instituições) e não ficam sobrecarregados, assim como também o idoso não fica abandonado.
“Estou ficando doente de tanto cuidar sozinha, decidi que não cuido mais de mamãe”. Um cuidador sobrecarregado pode mesmo adoecer em função do alto stress emocional e da sobrecarga física de cuidar de um cuidador (trocar roupas, dar banho e mudar de posição um adulto é muito pesado). Porém, mais uma vez afirmo que abandonar o idoso não irá resolver o problema. Um cuidador que fizer isto, além de poder responder na justiça, também poderá sentir-se culpado e deprimido por suas atitudes. Pensar apenas em seu bem-estar não resolve o problema. A solução é reunir a família e pensar no que pode ser feito no sentido de trazer melhor qualidade de vida para o idoso dependente e seu cuidador.
“Trabalho fora o dia todo, não tenho tempo de cuidar de mamãe!”. Um fato inquestionável: as pessoas precisam trabalhar para garantir sua subsistência, principalmente os cuidadores de idosos dependentes, que costumam ter vários gastos excedentes. Cuidar de um idoso nessas condições requer o mesmo trabalho e responsabilidade que cuidar de uma criança e nem por isto todas as mães param de trabalhar fora! É fato que o Brasil não disponibiliza de centros-dia gratuito para os idosos (com funcionamento semelhante ao das creches, o idoso passaria apenas o dia num local com acompanhamento multiprofissional), porém, em muitos casos, é possível arcar com os custos de um cuidador apenas em uma parte do dia, ou mesmo contar com a ajuda de familiares ou vizinhos de confiança que possam cuidar do idoso enquanto o familiar trabalha.
“Meu pai me abandonou enquanto criança, hoje ele está idoso e doente, mas não irei cuidar dele”. Cuidar envolve laços de afetividade desenvolvidos ao longo dos anos. Lógico que se esta pessoa não foi um bom pai torna-se mais difícil para um filho ser seu cuidador vários anos mais tarde. Porém, não se justifica um erro com o outro. Se as mágoas foram muito intensas, às vezes tentar ser o cuidador pode não ser a melhor saída, pois pode ser uma forma do filho descontar seu rancor pelo pai – atualmente impotente. Esta relação direta de dependência pode abalar emocionalmente ambos. Uma alternativa viável seria reunir a família e investir num bom cuidador familiar ou mesmo levar ao idoso a uma instituição de longa permanência adequada, prestando a assistência necessária.
“Minha mãe me agride e está muito chata. Não quero cuidar dela”. Agressividade e comportamentos ranzinzas podem ser sintomas da doença de Alzheimer, ou seja, não são propositais. Algumas crianças também são agressivas e cansativas e nem por isto a maioria dos pais levam-nas para abrigos. Pense nisto toda vez que pensar em deixar de cuidar de um familiar idoso que depende de seus cuidados. Converse com o médico do idoso, pois existe medicação para minimizar os sintomas agressivos e, mais uma vez, converse com a família em busca de ajuda.
Estes foram apenas alguns exemplos de justificativas que os filhos têm usado para não mais cuidarem de seus pais ou familiares idosos. Cada pessoa tem suas questões, seus problemas e limitações, mas não cuidar de pais idosos é grave! É uma forma de violência. Elabore alternativas, não tenha vergonha de pedir ajuda, às vezes as pessoas não ajudam, pois não sabem que você está precisando ser ajudado. Quando for possível, contrate um cuidador profissional, sua presença em casa, mesmo que em apenas uma parte do dia, pode ajudá-lo muito, principalmente quando não se tem outras pessoas da família para ajudar. Se a única alternativa for levar o idoso para uma ILPI, faça isto de maneira consciente, mantendo seus vínculos de pais e filhos. O que não pode é abandonar um idoso dependente, seja em casa, ou na instituição. E um cuidador também não pode fazer tudo sozinho.
 Os filhos não querem cuidar de seus pais
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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

59% dos acompanhantes de doentes apresentaram estresse, segundo pesquisa

A função de um cuidador, aquela pessoa que acompanha o doente, está sempre junto na hora das consultas, dos exames e durante o tratamento, é muito importante. Mais esses cuidadores também precisam de atenção, porque é muito grande o índice de estresse que eles enfrentam.

Todas as semanas, um grupo se reúne no Hospital de Base de Rio Preto para um tratamento que usa a conversa como terapia. Eles acompanham pacientes que estão na fila de espera para transplante de fígado.

Uma mudança na rotina que geralmente dura anos de dedicação. Viagens, consultas médicas, internação, tratamentos. No começo a boa vontade é como um analgésico para os sintomas de cansaço, mas com o tempo o desgaste é inevitável.

Uma pesquisa desenvolvida pela Faculdade de Medicina no Hospital de Base de Rio Preto mostra que 59% dos acompanhantes de doentes apresentaram sintomas de estresse. 22% chegaram à exaustão.

O levantamento também revela que 59% dos entrevistados desistiu ou reduziu as atividades profissionais. 44% passaram a ter insônia e 33% demonstraram irritação em relação ao paciente.

A pesquisa concluiu que o remédio para cuidar do desgaste dos cuidadores de doentes é a informação. Compreender as mudanças e a rotina de tratamento diminui a ansiedade.

O trabalho foi desenvolvido por essa psicóloga que observou o sofrimento e a angústia dos acompanhantes de doentes nos corredores do hospital. A conclusão da pesquisa é que ninguém pode cuidar do outro se não estiver bem.

Como administrar o estresse pessoal

Cuidar de pacientes com D.A. é muito estressante. Pode perguntar a qualquer familiar que exerça a função de cuidador. É difícil tratar de pessoas que não identificam suas necessidade, nem reconhecem seus esforços. É desgastante afeiçoar-se a pessoas que deterioram, apesar de todos os seus esforços. As conversas tornam-se unilaterais e só há alguns lampejos de entendimento ou resposta dos doentes. As famílias têm pouca energia para dar-lhes, porque necessitam ajudá-lo. Tudo isso torna o fato de cuidar de um D.A., extremamente estressante.
Um local agradável, bem como um senso de humor apurado, parecem ajudar os cuidares a tolerar a confusão ou comportamentos estranhos. Alguns precisam ser treinados pra isso. Mas é difícil doar-se o tempo inteiro, sem que ninguém "retribua". Grupos de apoio a cuidadores, festas ou um sistema de recompensa ou reconhecimento, ajudam o moral. Seus doentes com D.A. não vão notar seu ganho de peso, o cabelo sem corte, mas seus colegas vão.
Grupos informais de cuidadores são criados, às vezes, durante reuniões, festas e outros eventos. Grupos de apoio não devem se tornar uma tarefa a mais, mas uma recompensa, um lugar para desabafar, compartilhar sucessos e apoiar uns aos outros nos tempos difíceis. Os familiares sempre devem ser estimulados a verificar suas próprias necessidades, devendo os cuidadores seguir o mesmo exemplo. Pequenas interrupções precisam ser encorajadas. Ambientes rotineiros e previsíveis são a melhor coisa para pacientes com D.A., mas são o oposto para os cuidadores. Crie seus próprios intervalos e diversões., permitindo que sua vida social não fique dependente dos pacientes e suas famílias. Isso tornará o trabalho em conjunto, algo mais agradável.

Tomando conta de si mesmo
1. Seja gentil consigo mesmo. Você não criou os problemas que enfrenta diariamente.
2. Você não é um consertador, não pode mudar os pacientes e as famílias, mas pode mudar sua reação diante deles.
3. Ache um esconderijo para refúgio, quando precisar.
4. Congratule-se com os colegas pelo sucesso. Permita que eles façam o mesmo.
5. Mesmo quando você se julgar impotente, fique. Sua presença, às vezes é mais importante do que fazer alguma coisa.
6. Mude a rotina de sua casa, se a rotina do trabalho é cansativa.
7. Ao voltar para casa, pense numa coisa boa que aconteceu durante o dia.
8. Seja criativo e tente algo novo nessa velha rotina.
9. Faça de seu supervisor ou de seu amigo um apoio para melhorar o moral. Duas cabeças pensam melhor do que uma.
10. Algumas vezes você precisa dizer:"Não, não quero". As pessoas vão dar-lhe mais valor, quando disser:"Sim, eu quero". As pessoas precisam de respostas definidas e não de um "talvez" ou ser ignoradas.
11. Ria, brinque e pare "para sentir o perfume das rosas pelo caminho".
Adaptado de Olívia Escobosa, BSN

Por favor, leiam e comentem. Preciso saber se a linha que estou seguindo os agrada. Um bom dia a todos.