Cara Gisele
Boa noite!
Apesar da minha formação, sinto-me na impossibilidade de ajudá-la via on-line, pois o seu relato, sugere a necessidade de um acompanhamento psicológico, para que você possa lidar com as consequências provenientes do "cuidar" da sua mãe, escolha essa que parece-me ter ocorrido por necessidade e não por opção.
A cobrança da sua mãe em relação a você, vai de encontro a sua auto-cobrança, por isso passa a ter um peso muito maior, mas pense com muito carinho no que vou te dizer:
Quando temos sonhos e não os realizamos, eles podem até mudar, mas nunca deixam de ser um sonho esperando para se tornar realidade. Muitas vezes, na nossa vida, somos obrigados a adiar esses sonhos por opção ou por algo alheio a nossa vontade, mas na maioria das vezes não desistimos de sonhar, porque sonhar nos mantem vivos.
Não quero questionar a falha no seu amor pela sua mãe, mas gostaria que você pensasse um pouco na falta de amor que sente por si mesma e que, talvez, tenha sido a causa de todo seu sofrimento no decorrer desses 9 anos.
O que eu posso te garantir é que "ninguém pode voltar atrás e mudar o começo, mas qualquer um pode começar agora a mudar o fim da sua história."
Faça uma retrospectiva da sua vida para que possa resgatar os sonhos que se perderam pelo caminho, trazendo-os de volta a sua vida atual, depois tente selecionar os que ainda são prioridades e a partir daí se dê o direito de torná-los realidade, mesmo que hoje seja mais difícil, porque se você foi capaz de se tornar infeliz por cuidar da sua mãe, com certeza voce é capaz de se tornar feliz por cuidar de você.
Tente não colocar obstáculos na busca pela sua felicidade e quando eles surgirem, crie estratégias para ultrapassá-los, mas nunca desista de ser feliz.
Pense na possibilidade de delegar os cuidados da sua mãe a outra pessoa ou a uma instituição de confiança para que você possa ficar somente na supervisão dos cuidados.
Pelo seu relato, hoje você se enquadra no que denominamos de "cuidador ferido", ou seja um cuidador que precisa de cuidado, portanto sem condições de cuidar.
Procure ajuda de um profissional de psicologia na sua cidade. Tenho certeza que será de muita valia.
Um grande abraço.
Espero que voce possa colorir sua vida em breve.
Eliana
(psicóloga)
Oi Gisele. Muito bom dia, amiga! Não posso dar RT agora pq estou no outro perfil @paulistinha_p56 ,de certo modo sou "cuidadora" dele ou simplesmente um trabalho voluntário. Maravilhoso e muito pé no chão o que te disse a Eliane, coisa boa poder contar com pessoas de bem, especialmente neste BBB que tem se mostrado nosso querido Twitter.
ResponderExcluirJá passei por um período de "cuidador fferido", porém em bem menor escala que relatas estar passando. A ferida de cuidar, passou...restou o vazio de não cuidar mais... vai passar e agora me vem a música do Chico na cabeça, ouve também! bjs tenha um abençoado dia!
Gisele
ResponderExcluirQual cuidador não é ferido? Ninguém está preparado pra esta função...Mesmo profissionais com formação para tal, fazem seu trabalho muito bem quando enquanto não for sua mãe, seu irmão, seu pai ou outro ser amado. Não estou dizendo que a psicóloga está errada em sua avaliação...Quem sou eu?! Acho normal nos sentirmos feridos quando a carga é maior que o nosso ombro. Mas, tal como diz a Nilce, tudo vai passar...Um dia vai passar> E, por mais incrível que pareça, vai ficar só a saudade...Penso que o cuidador precisa de cuidados e também precisa de colo, ai sim, um bom suporte te faria bem. Grande beijo e tenha uma ótima quarta feira!
Oi Gisele. Eu sei o que vc. está passando pois, eu passei por isto. Vc. perde sua identidade e passa a viver pela pessoa. A única coisa que posso de dizer é que a Eliane está certa temos que delegar para nossos irmãos o cuidado de nossos entes. Eu não fiz isto, com minha irmã e nem com minha mãe talvez se tivesse pedido ajuda a minha mãe talvez ela não estaria assim não sei. Mas, a minha irmã nunca tinham tempo agora tbém continua não tendo tempo para minha mãe só que agora peço ajuda aos meus familiares pq começei a ficar doente com a situação.Não saia para lugar nenhum somente dentro de casa, hospital e passei a fazer faculdade para me manter viva tbém escutei da psicóloga e assist. social o mesmo que a Eliane falou com vc. é muito difícil. Agora saio com minha mãe a levo no cinema, almoçamos fora e faço curso de gastronomia para eu distrair. Deus te dê forças omeu blog foi uma válvula de escape e tbém o Pe. Fábio de Melo da Canção Nova como ele me ajudou com suas palavras.E, se vc. quiser desabafa entra no meu blog que tem um cantinho de recados e deixa seu e-mail e passamos a falarmos. Peça ajuda aos seus familiares . bjs,
ResponderExcluir