E vem o domingo e vai o domingo.

Domingo é dia de "post-bomba", mas estou cansada de reclamar e ninguém fazer, absolutamente nada.
Injustiça! Ontem fizeram: levaram a mãe pra almoçar fora e eu, como não tenho estômago, fiquei me virando, em casa. Justíssimo, não é?
Bom, já não é de hoje que falo que temos problemas com os cachorros. Eles dormem no sofá (ninguém senta, o cheiro é insuportável e a 'peleira', também). Minha adorável cunhada Renata, se nega a deixar as crianças chegarem perto dos animais, incentiva o medo. Absurdo, mas enfim...
Eu tranquei a porta da cozinha, no sábado, pois eles usam o quarto de visitas e a sala como dormitório e banheiro. Resolvi acabar com a bagunça.
JESUS! A dona 'caduca' levantou, não achou a chave da cozinha e sumiu com todas as outras. A sala ficou trancada, meu escritório escancarado (coisa que eu não faço, em nenhuma hipótese) e sumiu com todas as chaves. Eu tive um ataque de hipertensão e fui parar no pronto socorro, com 17/9 de pressão arterial. Quase tive um infarto, de puro nervoso!
São 700 mil portadores de Alzheimer no Brasil, e tinha que ter um hiperativo aqui na minha casa?
Até hoje eu penso, por quê razão, eu levei-a no médico tão precocemente. Ela jamais estaria fazendo metade das artes que faz, caso eu a houvesse levado após 3 ou 4 anos da progressão da doença. Mas não! Ao primeiro sinal, saio eu, desesperada, e a levo a geriatra, psiquiatra e neurologista. Eu acudiram a tempo!
Taí o maior conselho: se a mãe (ou pai), começar a esquecer dia da semana. CORRE! Dá tempo de socorrer e preservar parte maior da memória.
Só que quem se danou? Eu, né? Achei que estava prestando um favor para toda a família e a "família" se absteve totalmente do problema e largou-a aos meus cuidados. TUDO SÓ PRA MIM.
Outra informação muito útil pra todos é o Estatuto do Idoso, adquiram. Aqueles que, como eu, estão solitários na luta, têm inúmeros subsídios para buscar auxílio judiacial, que é o que estou fazendo, agora, após 9 anos de clausura e escravidão.
Agora, meu irmão Dahyl, que é o único que eu considero o melhorzinho, pega minha mãe e leva pra um restaurante pra almoçar e me larga? Que ajuda é esta?
Aí, volta, nem desce do carro e volta a Dª Nair pra mim, completamente alterada, porquê o filho, de quem ela reclamou saudades, durante toda a semana, não parou pra falar com ela. E, eu, tenho que contornar tudo sozinha.
Amigos familiares cuidadores, não fiquem sozinhos, cuidar dos pais é obrigação dos FILHOS TODOS, por lei. Contrate um advogado e vá à luta. Se na conversa não se acertam, o juiz vai acertar pra gente.
Qualquer informação sobre ações judiciais, medicamentos, cuidados; falem comigo, eu respondo e explico, ok?
Boa semana pra todos!