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domingo, 31 de outubro de 2010

<><><>Esta matéria e a anterior, foram publicadas pelo Portal Cuidar de Idosos, meus parceiros em diversas oportunidades, sempre visando a maior e melhor informação aos nossos seguidores e leitores.<>


Posted: 15 Oct 2010 02:36 PM P

O que está acontecendo com os Conselhos de Idosos O que está acontecendo com os Conselhos de Idosos
Participo do Conselho Municipal do Idoso da cidade de Juiz de Fora MG,  desde 1997. Pela vontade dos conselheiros desse período, tive a honra de ocupar a sua presidência, com a importante participação de tantos outros companheiros – profissionais e dirigentes de entidades gerontológicas, seriamente envolvidos com a melhoria das condições de vida dos idosos da cidade.
Passados 13 anos de lá para cá, eu continuo participando do Conselho. Entendo que é um espaço rico para a aprendizagem democrática e crescimento profissional na relação com a representação de forças políticas diferenciadas, porém com o mesmo objetivo: defender e garantir os direitos sociais dos idosos, á luz da Política Nacional do Idoso e do Estatuto do Idoso.
Os tempos mudaram. A participação das pessoas em fóruns coletivos deliberadores de políticas públicas, nos diversos segmentos da sociedade, na minha opinião, está em baixa. As reuniões frequentemente estão vazias. Colegas desmotivados em participar. São poucos e os mesmos conselheiros que comparecem às plenárias. Não sei, se é uma realidade comum aos outros conselhos de políticas, mas me parece, que o quadro é bem comum a outros conselhos. Sobretudo, na participação dos conselheiros governamentais representantes das secretarias municipais: não vão ás reuniões e os colegas deixam a desejar. Não falo de governo A ou B, tem sido assim há um bom tempo. A representação governamental pode ser melhor e de qualidade. Percebo que não há interlocução entre o representante e o representado na rotina diária da Gestão Pública Municipal.
Onde estão os movimentos sociais? Que bandeiras sociais nós defendemos?
As conjunturas internacional e nacional que estão interligadas são outras. E recai sobre a cidade. Pode parecer um lugar comum, mas afirmo que a sociedade está muito individualista. Está dividida em condomínios entre ricos e pobres. Como diz o funk, “cada um no seu quadrado”. Isolados uns dos outros, vamos em frente, lutando pela sobrevivência; a vencer os dias. O espírito associativista está aos frangalhos na UTI (até para as coisas prazerosas da vida, a frequência das pessoas fica ameaçada).
Eu acredito na saída coletiva para os nossos problemas. Acredito na Política de nossas relações cotidianas, enquanto elemento mobilizador para superar os nossos desafios, tendo em vista, a construção de uma nova sociabilidade, para além dos interesses imediatos do meu quarteirão.


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Posted: 18 Oct 2010 11:22 AM PDT

Doe um pouco de seu tempo Doe um pouco de seu tempo
Vivemos numa época em que ninguém tem tempo de fazer mais nada. É cada vez mais difícil reunir os amigos, visitar amigos e parentes, conversar na porta de casa com um vizinho, dormir, fazer refeições em família, dentre outras coisas prazerosas, mas que acabaram sendo praticamente extintas por nosso atual estilo de vida. Ultimamente, as pessoas trabalham mais, estudam mais, somando isto às atividades de vida cotidiana, acabamos ficando com pouco tempo para convivermos com as pessoas.
Parece que ter tempo virou um artigo de luxo, o que eu considero muito triste. Valorizo muito o prazer de ter um tempo para você, de cultivar relações interpessoais saudáveis com familiares e amigos. Parece que não temos mais tempo de ajudar as pessoas que precisam de algo. Por mais difícil que possa estar a situação econômica, parece mais fácil ajudarmos em dinheiro do que em presença, ou seja, temos mais facilidade em doar coisas materiais (dinheiro, roupas e móveis que não usamos mais, livros) do que em doarmos um pouco de nós mesmos àqueles que necessitam.
Muitas pessoas precisam mais da presença de outra pessoa do que de bens materiais. Em relação ao idoso, seja ele saudável ou dependente, não poderia ser diferente.
  • Assim como as crianças, os jovens e os adultos, o idoso também tem a necessidade de se socializar, ou seja, de ter contato e conversar com outras pessoas, sejam elas de qualquer idade. O idoso também tem necessidade de falar, de escutar o que o outro tem a dizer, de ser escutado. É mito pensar que todos os idosos são ranzinzas ou chatos, eles têm muito o que ensinar e o que aprender.
  • Um grande problema relatado pelos idosos, em especial aqueles mais velhos, que já passam dos 80 anos, é a perda de familiares e amigos. Muitas das pessoas com as quais conviveram no decorrer de suas vidas já faleceram, fator que os deixa sozinhos e deprimidos. Nada os impede de fazerem novas amizades!
Doe um pouco de seu tempo para um idoso. É fácil perceber que um idoso dependente precisa de ajuda para a realização de atividades mais básicas, como comer ou vestir-se.  Por outro lado, em relação ao idoso saudável, pode ser mais difícil perceber que ele também possui suas necessidades e demandas. A principal carência do idoso é de atenção e afeto. Pense um pouco nisso. Independente se o idoso é seu familiar ou não, dedique um pouco do tempo para ele. Poucos minutos podem fazer uma grande diferença na vida daquele que se sente sozinho e desamparado. Sentir que os outros te dão atenção ou gostam de você é importante para minimizar os sentimentos de solidão, de tristeza, melhora a auto-estima e o estado geral de saúde do indivíduo.


As mães não deveriam morrer!


As mães não deveriam morrer As mães não deveriam morrer
Uma amiga perdeu a mãe, de repente. A notícia me alcançou por e-mail, agora que a internet deixou o mundo pequeno. Estou longe, mas também aqui, neste lugar sem distância que é o mundo virtual. Mas com tempo veloz, em que uma hora pode ser um pretérito definitivo na disputa pela supremacia dos segundos. Como era antes, quando as notícias levavam meses para chegar e o mundo sobre o qual falavam já tinha inteiro se transmutado, quando as cartas eram sempre um retrato do passado? Agora tudo é agora. E os tempos se confundem de outro modo. Mas se confundem.
Senti tanto o desamparo da minha amiga, porque sei que as mães não deveriam morrer. Na mesma noite sonhei com meus mortos. Meu avô sentava-se com minha avó ao redor da mesa da cozinha como antes e como nunca, porque meu avô sabia que minha avó tinha morrido e eu sabia que meu avô tinha morrido uns 20 anos depois dela. E uma quarta pessoa, desconhecida de todos nós reunidos naquela cozinha, sabia que eu também já tinha morrido, numa outra época que ainda não chegou para mim. Mas comíamos bolinhos de chuva naquela mesa porque compreendíamos que, no curto espaço de existência, neste soluço entre o nascimento e a morte que pertence a cada um de nós, nem os sonhos devem ser desperdiçados. E ali, enquanto eu dormia num quarto de hotel, éramos uma impossibilidade lógica que conversava e que ria.
Quando perdemos alguém que amamos, a dor é tão extravagante que nos come vivos, como se fosse uma daquelas formigas africanas que vemos nos documentários da National Geographic. A dor está lá quando acordamos. Continua lá quando respiramos. Nos espreita do espelho diante do qual escovamos os dentes pela manhã com um braço que pesa uma tonelada. E, quando por um instante nos distraímos, crava seus dentes bem no coração. Neste longo momento depois da perda, sabemos mais dos buracos negros do que os astrônomos porque carregamos um dentro de nós. E arrancamos cada dia nosso do interior de sua boca ávida, com uma força que não temos, para que não nos sugue de dentro para dentro.
Devagar, bem devagar, muito mais devagar do que o mundo lá fora nos exige, o vazio vai virando uma outra coisa. Uma que nos permite viver. Descobrimos que nossos mortos nos habitam, fazem parte de nós, correm em nossas veias fundidos a hemácias e leucócitos. Que suas histórias estão misturadas com as nossas, que seus desejos se deixaram em nós. Que, de certo modo, somos muita gente, multidão. Como também nós seremos em muita gente, deixando, em cada um, ecos de diferentes decibéis e intensidades. Acolhemos então aquele que nos falta de uma forma que nunca mais nos deixará. Como saudade. E como saudade não poderá mais partir.
Somada, a vida humana é um rio barulhento de memórias no leito do tempo. Enquanto outras espécies sabem, sem que ninguém tenha ensinado, que precisam voar para o sul para não sucumbir no inverno ou que devem escalar dezenas de metros de uma árvore em busca da fêmea para se acasalar num momento preciso, nós perpetuamos lembranças. Não é uma intuição prática, no sentido ordinário do termo. Mas é tão vital quanto o acasalamento ou a fuga do inverno.
SAIBA MAIS
Assim como a natureza tece mil expedientes para perpetuar seus genes, pertençam eles a um chimpanzé ou a uma mosca; nós, cuja diferença evolutiva nos permitiu inventar a cultura e ser na cultura, perpetuamos a vida através da memória. Já que, para nós, não há vida sem a consciência da vida. Transmitimos as histórias, o conhecimento e os sentimentos dos que se foram, tanto como humanidade quanto como indivíduo, como se fossem parte de um DNA imaterial. Do contrário, seria impossível conviver com o privilégio de nossa espécie, a consciência do fim.
Quem não entende isso acha que, quando doamos as roupas e os objetos de quem amamos e se foi ou deixamos de chorar no cemitério, superamos a perda. Não acredito que exista superação no sentido do esquecimento. O que acontece é que compreendemos que aquela pessoa não estará mais no mundo externo, não pertence mais a ele. Mas também não é mais um vazio que grita como nos primeiros meses, às vezes anos. Ela agora mora no mundo de dentro, vive como memória nossa, em nós. E assim não está mais morta, mas viva de um outro jeito. É o que me ensina João, o homem que divide comigo a aventura arriscada de viver. De luto por sua própria mãe, percebo que a carrega nos olhos quando se maravilha com a novidade do mundo.
Ele me ensina que a vida dos mortos em nós não é possessão nem fantasma. Nem é morte. O mórbido é quando não conseguimos dar um lugar vivo para o morto. Então a memória fica pregada naquele momento de horror e a vida se torna impossível, porque a existência não é água parada, mas rio que corre. Acontece quando alguém, pelos mais variados motivos, não consegue fazer o luto e dar um lugar de saudade para a dor. Quando nos fixamos, num dogma ou numa falta, partes importantes de nós gangrenam. Mas quando os mortos se acomodam em nós como lembrança que muda segundo o viver de quem vive, tudo flui. Se há algo que a vida é em essência é movimento. E o luto é um movimento que reabre as portas para a vida ao romper com a rigidez da morte em nós. Por isso, para o luto não pode haver pressa, porque é grande e largo o gesto que temos de fazer acima e apesar do horror que nos atinge até mesmo em partes que nem sabíamos que existiam.
Quando perdeu a mãe, João compreendeu por completo a poesia que Carlos Drummond de Andrade escreveu para a poeta Ana Cristina Cesar, que se suicidou aos 31 anos atirando-se pela janela do 13° andar. Ela fala da diferença entre falta e ausência. “Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim.” É isso. A ausência não é falta. Ou, dito de outro modo, a falta nos come vivos. A ausência, por paradoxal que pareça, nos preenche.
Há um filme de extraordinária beleza sobre a perda, a saudade e o lugar dos mortos em nós. Chama-se “Hanami – Cerejeiras em flor” (Doris Dörrie, 2008 – Alemanha/França). Passou nos cinemas, ainda resiste numa sala ou outra, mas já assisti ao filme na TV por assinatura. Se você encontrar este nome na programação, não deixe de ver. Feche as cortinas, proteja-se do barulho da rua, programe-se para algo especial. O filme conta a história de um homem que não gosta de sair da rotina em sua viagem mais longa e menos previsível. Ele parte em busca de sua mulher e só a encontra quando descobre que ela está dentro dele, nos gestos dele, no corpo e nos olhos que ele empresta a ela. É um filme sobre a morte que nos leva ao único lugar onde vale a pena chegar, à vida.
Quando sofremos uma grande perda ou somos abalroados por uma catástrofe pessoal de outro gênero, as pessoas dizem, para nos consolar e com as melhores intenções, que tudo passa. Acho que, na verdade, nada passa. A frase mais precisa seria que tudo muda. Também nós que aqui estamos como matéria um dia seremos apenas eco. Tanto pelas nossas células que alimentam e se agregam a outros seres vivos a partir da decomposição de nosso corpo como pelas histórias que transmitimos e permanecem além de nós. Aquela que fui ontem já mudou, a ruga que há um ano não existia agora é visível na pálpebra direita, minha percepção do mundo não é mais exatamente a mesma do mês passado, alterada por novas experiências que me alargaram. De certo modo, nascemos e morremos tantas vezes até o fim da vida. E é este o movimento que importa.
Queria dizer isso à amiga que perdeu a mãe de repente. Mas agora minha amiga ouve, mas não pode escutar. A dor a está comendo viva como as formigas africanas. Tudo é horror e absoluto. Mas com o tempo, um período só dela e que não pode ser determinado em parte alguma nem por ninguém, minha amiga vai começar a perceber que a mãe é uma ausência presente no formato das suas unhas, num certo jeito de mexer a cabeça quando fala, na tonalidade rara dos olhos. Está nas palavras e nas histórias que conversam dentro dela, na mitologia familiar que se perpetua, nos sons da memória. E então poderá reencontrar a mãe dentro dela. E levá-la para passear.
E, num dia que sempre chega, viverão as duas como história, como cacos de lembranças encaixados em diferentes rearranjos de vitrais, na vida dos que vieram depois. É pouco, talvez. É tudo o que temos.
ELIANE BRUMJornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo).
Extraído de:  http://bit.ly/aOmIF5

Maus tratos em idosos! Fique atento!


Maus tratos em idosos: em Portugal, como no Brasil. Maus tratos em idosos: em Portugal, como no Brasil.
Os crimes contra idosos aumentaram 120% entre 2000 e 2009, apurou a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima. Todos os dias, dois idosos são maltratados de alguma forma. Além da violência emocional e física, há a registar também os abusos financeiros.
Ao longo de nove anos, as estatísticas da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) registam cerca de dez mil crimes perpetrados contra pessoas com mais de 65 anos. Trata-se, porém, da “ponta do iceberg”, assegura Maria de Oliveira, técnica da associação e responsável pela campanha nacional de sensibilização para esta temática, que hoje é lançada.
Os maus-tratos psicológicos e físicos são as manifestações mais frequentes de violência, mas há outras, por vezes mais subtis ou aceites socialmente, para as quais a APAV quer chamar a atenção.
Extorquir a reforma, coagir à transferência de dinheiro para contas de outras pessoas (mesmo que sejam familiares), controlar a gestão dos bens ou limitar a autonomia financeira, efectuar internamento compulsivo em lares ou abandonar idosos em hospitais constituem formas de violência, sublinha a especialista.
Os crimes financeiros, embora ainda representem uma minoria das denúncias apresentadas à APAV, assumem já uma dimensão significativa.
Resultados preliminares de um estudo sobre violência contra mulheres idosas, realizado em cinco países da Europa, aponta os abusos emocionais e financeiros como os de maior prevalência na população portuguesa, revela José Ferreira-Alves, investigador da Escola de Psicologia da Universidade do Minho. Para este professor da Psicologia do Envelhecimento, a par da crescente visibilidade do fenómeno, assiste-se a um aumento real da violência contra idosos.
Trata-se geralmente de violência doméstica, já que os maus-tratos a idosos são em regra cometidos por familiares próximos e coabitantes. Em muitos casos, estes crimes têm como alvos pessoas com história prévia de vitimização ou ocorrem em famílias atingidas pela toxicodependência. Os idosos que padecem de demências ou outras patologias incapacitantes estão também mais expostos a agressões.
As vítimas não costumam denunciar os abusos, seja porque não têm consciência de que estão a ser vítimas de um crime, seja porque sentem vergonha ou culpa por fazê-lo, principalmente quando os agressores são os filhos, explica Maria de Oliveira.
Campanha de sensibilização
A  campanha que a APAV lança hoje  pretende sensibilizar a sociedade para a necessidade de denunciar as situações de violência e tem também uma vertente pedagógica dirigida aos profissionais de saúde, para que detectem e encaminhem casos de abusos.
Um em quatro é afectado
Um estudo europeu, divulgado no início deste ano, dava conta de que um quarto da população portuguesa com mais de 60 anos foi vítima de algum tipo de violência no ano passado.
Violência psicológica
A violência faz parte da vida de muitos idosos, uma vez que 40% já sofreram algum tipo de violência (a psicológica é mais frequente), de acordo com o mesmo estudo.
Vítima
- Sexo feminino
A maioria das vítimas é do sexo feminino. No ano passado, em 513 dos 639 casos denunciados a vítima era mulher.
- Idade entre os 65 e os 75 anos
Mais de metade das vítimas tem entre 65 e 75 anos e um quarto localiza-se na faixa dos 76 aos 85 anos.
Agressor
- Homens com mais de 65 anos
Mais de 70% dos crimes são cometidos por homens. Tal como as vítimas, a maioria dos autores dos crimes tem mais de 65 anos.
- Cônjuges ou filhos
Os autores dos abusos têm geralmente laços de parentesco: 33% são cônjuges ou companheiros e 30% são filhos. Fora das relações familiares, os vizinhos são os agressores mais frequentes.
Jornalista – Helena Norte

Gostaria de registrar...

Eu acabei de votar na Dilma! Quero registrar, porquê se me arrepender, terei uma prova de que a cagada foi minha!

Ontem foi meu aniversário: 46 anos! Dos quais, os meus melhores anos, onde eu resolveria minha vida, passei enclausurada com o alemão (Alzheimer).
Vieram muitos amigos fiéis e companheiros, e passamos uma tarde gostosa e produtiva. Colocamos assuntos em ordem e fiquei sabendo de novidades que jamais saberia, caso não tivessem vindo.
No final da noite, minha amiga Germana veio aqui e, pudemos conversar por horas. Ela está na mesma situação que eu, há meses. Tá sofrendo, sempre trabalhou (like me) e não se conforma com a nova situação que se desenhou em sua vida. Mas sabe o que é mais curioso? Ela tem dois irmãos, homens, que a ajudam em tudo, até nos trabalhos domésticos.
Na 6ª feira, um deles ficou com a mãe e ela foi ao Rastro do Cowboy, ver um show! Não é show? Eles a ajudam a se distrair do problema. Isto sim são irmãos, que inveja. E sabem o que mais? Tem um dos irmãos dela, que paga uma quantia pra ela, como uma diária, para que ela possa fazer suas coisas. Não é demais!
Em compensação, eu só recebi um telefonema do Dahyl, que deu uma desculpa esfarrapada pra não vir cumprimentar-me e nem sinal dos outros dois. Gozado, né!
Como a realidade é cruel conosco. Nos coloca alguém pra aconselharmos, amarmos e ajudarmos, em sua luta inglória, em compensação, a vida dá a esta pessoa, meios pra viver bem e melhor que a gente.

Culpa! Eles sentem muita culpa! Deve ser difícil mesmo, conviver com um sentimento que nos rouba tanta coisa boa. Não detectaram a doença; não participam do processo de tratamento; não me ajudam e vêm que eles destruíram a minha vida. A vida de alguém que, possam dar a desculpa que quiserem, os ajudou a crescerem e se tornarem adultos e que, hoje, permite que tenham a vida que têm, acabando com a sua própria.
Eu acho que me sentiria culpada também. Mas sou a única que não têm motivos. Estou aqui, todos os dias. Ultimamente, aguentando gritos e desaforos de uma mãe com demência, que resolveu ter dupla personalidade. Na rua é um amor, em casa é um terror. Fases da doença, já sei como seria, mas é difícil aceitar os maltratos, sabendo que esta pessoa depende de mim pra TUDO!
É como a Germana disse: Ela nos dá a vida e depois tira! É assim, queiramos ou não. Ela não escolheu a doença, mas preparou, desde o nascimento, quem iria cuidá-la. Então, sabia qual vida seria destruída. É muito louco, tudo isto. Todavia, é assim.
Quem tem dúvidas sobre o por quê de estar onde está, sofrendo, vendo seus dias se escoando pelos vãos dos dedos... pense! Você verá que estava na cara que você seria o sacrifício oferecido em detrimento da felicidade de todos. A vida é assim.
Mas nada de conformismo. Forjemos nossas armas e vamos à batalha! Ninguém merece ser mais feliz, que nós. Vamos à luta!

Um bom Dia das Bruxas pra vocês e votem conscientemente.

sábado, 30 de outubro de 2010

Tem alguém tentando desestabilizar o blog, atenção.

Mais uma vez, aquela pessoa "anônima" entrou e deixou seu comentário maldoso e, de novo, colocando palavras na boca da minha mãe.
Ela é alegre sim, anda pra todo lado, porque sofre de "perambulação, uma fase da doença. É muito bem cuidada e tratada por mim.
Se ela estivesse na rede, com certeza, endossaria minhas palavras. Ela nunca foi burra. Continua não sendo.
A não ser que a doença pra fora de casa seja outra, não é de mim que ela fala mal, pois ela está sob meus cuidados e nada, absolutamente nada, lhe falta. Pra mim, ela estraçalha meus irmãos que, conforme ela mesma diz "não aparecem nem pra perguntar: tá boa, mula?"
Então, pra esta pessoa, sem caráter, que não tem vergonha na cara pra identificar-se, fica o recado: cuide melhor da sua vida e deixe que da minha cuido eu. Tenho certeza, com base em seus comentários, que é uma pessoa mal amada e precisa de muitos cuidados. Seu coração está podre e endurecido. Não sabe, nem tem idéia do que eu passo aqui, diariamente.
Posar de feliz e contente na rua é muito fácil, principalmente, quando não tem que preocupar-se nem com a calcinha que usa. Eu também seria assim, mas a realidade é bem outra. Uma realidade de remédios ao longo do dia, privando-me de qualquer compromisso; preocupação com comida, proteínas, carboidratos etc, balanceados, pra manter a saúde; ir a médicos em táxi, porquê não pára no ônibus e ninguém (leia-se irmãos), pode levá-la; mau gênio, exigindo de mim, o ser mais bem humorado da terra, ser enérgica e falar-lhe duro pra que compreenda, quando compreende.
Cuide-se "anônimo", recolha-se a sua insignificância e, se um dia, passar por algo parecido, procure-me, posso ajudá-lo. Só não posso fazê-lo com os recalques e culpas que carrega dentro de você.
Ah, e por favor, não suje mais as páginas do meu blog. Aqui é um espaço pra troca de experiências e não pra você usar como penico. Use a sua própria vida, Ok?

Aos amigos e seguidores, um excelente final de semana.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Desculpas...

Devo-lhes mil desculpas, amigos e seguidores. Mas ontem eu fui obrigada a excluir um comentário.
O mesmo deve ter partido de uma das partes que se sentem ofendidas com o que relato, pois trazia um conteúdo que, lendo-o, em nada, me ajudou, nem o faria com vocês.
Quando digo que meus irmãos não têm caráter, a prova estava lá, escancarada pra todos verem. O comentarista assinou "anônimo". Faltou coragem pra dar a cara a tapas como eu faço.
Gostaria de esclarecer, também, que puseram uma palavra na boca da minha mãe, em relação a mim, a qual não condiz com a verdade. Eu a ouço repetir, diariamente: Você é a única coisa boa que eu tenho na vida. Eu te amo muito.
Minha mãe não se referiria a mim em outros termos e, se o fez a alguém, num dos momentos de crise, não foi sincero e, temos que lembrar que ela sofre de demência, não sabe o quê e nem de quem falou. Mas isto só eu estou apta a saber, porquê só eu convivo com ela, diariamente, há 9 anos, não é?
Outra coisa que gostaria de dizer-lhes, a qual eu escrevi num email ao Dr. Márcio Borges, um dia desses. É o seguinte: eu não criei este blog pra agradar a ninguém. A intenção é ajudar com minhas informações e experiências pessoais e com dados médicos, os quais recebo ou pesquiso. Tenho respondido a dezenas de emails, de pessoas que se encontram em situação pior que a minha e tenho podido ajudar muita gente com dúvidas de como proceder. E eu me coloco à disposição de todos os amigos e seguidores, pra dar o meu auxílio, pois estou na função de cuidadora há mais tempo que o normal e, sozinha.
Tudo que escrevo pode ser provado com documentação e testemunhas, não minto. Tenho inúmeros defeitos, mas não sou hipócrita. Sempre lhes digo que imploro a ajuda dos meus irmãos e eles me ignoram. Pelo tempo que vocês vêm acompanhando o blog, já devem ter percebido que não é mentira.
Novamente, me perdoem, mas eu só admiro as pessoas que têm caráter o suficiente, pra dar seu nome ao falar comigo. Não seres sem moral, como este que deixou o comentário, ontem.
Recado: Drika, quero falar com você. Deixe seu email. Vamos trocar experiências.
Um beijo afetuoso a todos, Deus os abençõe e tenham um ótimo final de semana.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Foi bizarro!

Ontem eu recebi um e-mail, de uma tal de lucyravache@hotmail.com, me descascando!
Ela disse que eu era uma pessoa com recalque; que não podia expor meus irmãos como faço; que deveria ver no passado o que eu fiz pra eles, pra me tratarem assim; que eu não era uma pessoa estável psicológica e emocionalmente pra cuidar da minha mãe. Perguntou se eu tinha marido e filhos e daí por diante.
Quem me passou o e-mail, foi o Dr. Márcio Borges, do portal Cuidar de idosos. Inclusive, questionando se aquela pessoa tinha ou não um D.A. em casa, como disse.
Eu respondi, como deveria.
O que eu quero deixar claro aqui, é que meus irmãos não estão fazendo nada contra mim. Minha mãe morrendo, eu fico com a pensão e vou ter uma vida sossegada. Eles estão fazendo contra ela.
Se falo em ir atrás de direitos, é pensando no bem que isto fará a ela: conviver com os filhos que a abandonaram.
Não tenho marido, nem filhos, porque quando deveria estar cuidando disso, cuidadava dela. Meus irmãos se casaram com mais de 35 anos, só a minha irmã casou-se com 30.
Se eu fosse desestabilizada, como a pessoa insinuou, não estaria mantendo minha mãe, muito bem, durante 9 anos. Já tinha pirado e jogado tudo pro alto e não é o que eu fiz, nem vou fazer.
Quanto ao que ela disse de eu ter feito algo a eles, só vou contar-lhes umas coisas: um é um  "cristão", que deixou marcas profundas em inúmeras mulheres por aí, antes de engravidar (em um mês de relacionamento), a sua atual esposa; o outro é bandido de farda, que teve a coragem de dar golpes na família, os empregadores e até amigos; e a outra, é uma oportunista que viveu pra casar-se com um homem rico. Conseguiu. Quando ele faliu, ela deu-lhe o pé na bunda.
Daí, vocês tiram uma vaga idéia de quem são as pessoas a quem eu imploro ajuda e porquê, na conduta que lhes é peculiar, eles me ignoram.
Não fui eu quem fiz nada. Fiz carreira, namorei sério, fui decente a vida toda e, mesmo assim, alvo de críticas, principalmente, pelo posicionamento político. Eles, são os simpáticos e agradáveis, porém são como uma nota de três reais. Se alguém oferecer-lhe, não aceite, é pegadinha.
Só estou compartilhando isto com vocês, pois os comentários que recebo são sempre muito carinhosos e cheios de boa intenção. Esse foi um equívoco.
Bom restante de semana a todos.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Importantíssimo

Quando você, familiar, requisita a interdição do D.A., está fazendo-o para protegê-lo de si mesmo, pois ele perde a noção de valor do dinheiro e acaba por contrair dívidas que depois não conseguirão ser pagas. Não se abale com aqueles "parentes" que têm a ousadia e falta de vergonha na cara de dizer que você queria era ficar com o dinheiro da doente.

Vou dar um exemplo bem simples: eu estava no banco um dia, já tinha procuração da minha mãe, enquanto boa. Porquê eu tinha que ir receber a pensão com ela todas as vezes, pois não lembrava-se da senha. Então passou-me a procuração pra facilitar. Mesmo assim, eu tirava o dinheiro e dava TUDO na mão dela, para usar como quisesse, nem sabia o que era feito do dinheiro.
Quando ela começou a perder o dinheiro; a bolsinha; alguns credores vieram cobrar contas atrasadas há muitos meses e ela nem se lembrava, eu fui ao banco saber o que fazer. Foi neste dia.
No outro atendente, estavam meu irmão policial e sua namorada (hoje esposa), interessadíssimo em sabe como receber a pensão da minha mãe, no lugar dela. Não fosse a procuração que eu já tinha, minha mãe estaria , desculpem o termo, na merda. Acho que foi a voz de Deus que me levou ao banco naquele dia, naquele momento. Eu salvei, pela 1ª vez a vida da minha mãe.
E não é que meus irmãos e CUnhadas, tiveram a cara-de-pau de dizer que a procuração era falsa?
Aí eu entrei com o processo de interdição logo em seguida, antes que o Reca o fizesse, porquê aí minha mãe tava danada mesmo! Não ia sentir nem o cheiro do dinheiro dela e nem os benefícios que ele pode gerar.
Tô contando tudo isso, pra vocês saberem que "eles" não me ajudam, pois eu tenho o documento de Curatela (o papel), então a obrigação é minha de fazer TUDO! Não caiam nessa, a lei não especifíca que o curador é responsável integralmente pelo interditado, principalmente em casos de doentes terminais, porque Alzheimer é uma doença terminal, é bom admitirem desde já e tem uma lei especifica pra ele: A Lei do Idoso. É por ela que tais questões são resolvidas e lá diz que o idoso é responsabilidade de TODOS os filhos, não só de um. Por isso descobri que dá pra fazer algumas surpresas bem desagradáveis a quem se imiscui da resposabilidade. E, posso confessar? Não vejo a hora de começar a fazê-las. Arrependimento não é a palavra que caberá aqui!
E sabem a razão da briga (entre eles), eu não tô nem aí. São 3 salários
mínimos. Que vergonha, não acham? Se não fosse o meu rendimento, o dela não sustentaria esta casa e, eles, FERIDOS e CHEIOS DE RAZÃO, porquê eu fiquei com a dinheirama toda! É pra rir ou não?
Tenham um bom restante de semana e fiquem atentos, a justiça está aí pra nos resguardar os direitos, ok?

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

E lá se foi outro domingo!

Domingão, sempre aquela expectativa no blog! Será que vem uma bomba por aí, ou não? Não sei se é bomba. É só o relato de um mal fadado dia.
Pra variar (há semanas), meu irmão Dahyl não veio pro almoço. Eu não o culpo, até eu pedi uma marmitex ontem. Macarrão e frango, todo domingo, há incontáveis anos é demais pra qualquer um. Mas a mãe insiste em dizer: domingo sem macarronada e frango não é domingo! Coitada!
Ele foi aparecer com a família por volta das 14 horas e 14 e 30 já estava indo. Na semana passada, ele foi viajar coma família, pois está em férias. Perguntem quantas vezes ligou pra saber da mãe ou de mim? Nenhuma, é lógico. Pra ele tanto faz, eu estou aqui pra cuidar, então o mundo pode acabar... mas isto está prestes a mudar. Com a graça de Deus.

Sinto-me na obrigação de escrever para aqueles cuidadores que estão enfrentando, agora, a fase moderada da doença. Quando o doente faz tudo por si mesmo e executa algumas atividades seculares.
- Meu amigo, fique de olho aberto! Logo ele (o doente) estará fazendo compras, além de seu orçamento. Abrindo contas em vários lugares. Usando seu cartão de banco para tirar empréstimos. Acompanhe seus passos. Eu penei muito com a minha mãe, por conta disso.
Minha mãe, é bom que fique claro, foi diagnosticada muito precocemente, então os remédios vieram retardando o progresso da doença. Ela está em tratamento desde 2001, em plena forma física; andando; conversando; interagindo e dando muito trabalho. Por outro lado, ela está quase que completamente demente. Conviver com ela é uma provação diária, que não fosse a paciência e alguns métodos adquiridos no decorrer do caminho, eu já teria desistido há muito. Minha mãe é uma pessoa que se acha o centro do mundo e tem certeza de que eu tenho a obrigação de circundá-la e fazer-lhe as vontades 24 hora por dia. Fato que já é suficiente pra espantar qualquer cuidador. Ninguém aguenta. Ah! Ela também perdeu a noção de valor do dinheiro e sai pro mercado, gastando muito mais do que ganha com docinhos, bolachinhas e carne pros cachorros. Não tivesse eu proibido tais vendas, estaríamos na miséria.
Minha mãe é uma pessoa de índole má. Sempre foi. Não foi boa esposa,nem mãe. É uma pessoa de sorte por ter um filho ao lado dela neste momento. Não que seja minha primeira opção. De jeito nenhum, eu prefiro trabalhar e viver a minha vida. Coisas com as quais parei há 9 anos. Sanguessuga, já ouviram falar? Ela é uma sanguessuga. Retira pra si todas as minhas energias e alegria, sem dó, nem remorso. Sou eu quem tenho que fazer tudo, porque ela, apesar da saúde, não faz mais nada, só a macarronada no domingo. Ela não é sequer capaz de perceber quando sua roupa está fedendo a suor! Às vezes, ela passa ao meu lado e sinto aquele cheiro de vinagre que embrulha o estômago. Mas ela não. Jura que está com a roupa limpa e passou desodorante.
Estou sendo, até certo ponto maldosa, mas a intenção é das melhores, quero que os cuidadores estejam preparados pro que vem por aí, se já não estão passando por isso. Vocês vão ter que comprar desde as peças íntimas, até a tinta de cabelo que ela usa (quando for mulher). Marcar cabeleireiro e manicure. Lavar as roupas (pegá-las escondido), mesmo com ela dizendo que estão limpas. Pode crer, não estão.
E quando seu caso for igual ao meu, três irmãos que não ajudam com nada: Promotoria de Justiça. Eu estou com outro problema de saúde pra cuidar, por isso não vou atrás agora. Mas não esperem 9 anos pra procurar ajuda. Peguem o Estatuto do Idoso e dêem uma lida. Todas as informações que precisam estão lá.
E quando estiver muito cansado, mesmo (nesta fase moderada), faça como eu: decrete que aquele dia é seu dia de folga. Saia de casa pela manhã, vale ir pra qualquer lugar; procure esquecer a responsabilidade com remédios, pois um dia sem tomá-los, não fará diferença. Esqueça a cara do seu demente, nem se for às custas de umas geladas e só volte pra casa, num horário em que tenha certeza de que ele já dormiu.
Imaginou? Um dia inteiro pra você fazer o que quiser e esquecer que transformou-se num escravo de uma doença incurável, que só exigirá mais e mais de você?
É bom demais! Nem que seja trancada na sua edícula, no fundo do quintal, como eu fiz ontem. Só de roupa de baixo, deitada e com o ventilador em cima de mim! Que bênção!
Na segunda, começa tudo de novo. Você já faz o sermão no café, que é pra baixar a bola do doente, senão ele já levanta cheio de autoridade. E aí vá cumprir com suas tarefas diárias. Os cinco ou seis comprimidos já pela manhã; a inspeção na roupa e cabelo. Ver se a maquiagem não ficou igual pintura de guerra índia. Depois, vá pro seu PC e fale um pouco com os amigos. Geralmente a gente mais lê, que escreve. Porquê a ausência do mundo, gerou uma falta de assunto, mas vá. Até à hora em que tem que esquentar a barriga no fogão e, assim por diante.
Por isso, eu repito, não deixe passar 9 anos. Procure ajuda agora!
Uma ótima semana a todos.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Paz nas torcidas

Post-Bomba é uma BOMBA!!!!!

Aí... sexta-feira, pego a minha mãe e vou pro ginecologista, levar resultados de exames. Lembram-se quando contei nossa passagem pela mamografia, como foi divertido, apesar de tudo? Pois é. Fomos levar estes exames.
O médico abre o da mãe:-Tá tudo bem, Dª Nair, nada de diferente, tudo normal.
Graças a Deus, dia 12, último, completaram-se 3 anos que ela fez a mastectomia (retirada da mama).
Aí lá vamos nós, ver os meus, tã, tã, tã, tã....
-Dª Gisele, a senhora vai repetir o ultrassom por favor, e marcar uma punção nodular. Hã????????

Estou com um nódulo na mama esquerda! Parece uma búrica!

Escutem. Quando me falavam que Deus ia recompensar todo o meu trabalho, escravidão, solidão e tristeza, os quais venho tendo nos últimos 9 anos da minha vida, era isto?

Queria dizer que Êle ia provar-me mais uma vez e me fazer sofrer mais um pouco? Uma dor insuportável, de quem nem amamentou e vê-se, talvez, na iminência de perder uma glândula mamária? Era isto que as pessoas queriam dizer, quando falavam pra eu fazer tudo o que eu pudesse pela mãe, por quê Deus não me deixaria na mão?

Amigos, hoje é um dia ruim pra escrever qualquer coisa. Pois, nos posts anteriores, era uma pessoa quem escrevia, cheia de vida; disposição de luta e fé. Hoje, é uma pessoa triste; desesperançada (porque não sabe do futuro); cheia de medo; e, terrivelmente magoada com Deus. Êle não tinha o direito de me fazer passar por todos estes momentos de aflição. Não é justo!

sábado, 16 de outubro de 2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Caminhada 15 Km por semana mantém cérebro saudável

daRIO - Dar um passo atrás do outro, com regularidade, sem pressa, é uma das melhores formas de manter o cérebro saudável na velhice, com sua plena capacidade cognitiva. Um estudo da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia, nos Estados Unidos, publicado na "Neurology", a revista on-line da Academia Americana de Neurologia, monitorou durante 13 anos 299 voluntários. A pesquisa provou que eles conseguiram evitar a perda da memória e se prevenir da demência com caminhadas regulares. Os andarilhos, todos sem sinais de demência de acordo com testes neurológicos a que foram submetidos, tiveram suas caminhadas registradas e o cérebro monitorado em 1995. Outros testes foram feitos nove anos depois, em 2004, e mais uma vez em 2008, mostrando que aqueles que mais caminhavam tinham metade do risco de ter problemas de memória do que os que não se exercitavam.
De acordo com a pesquisa, andar cerca de 14,5 quilômetros por semana é o ideal para beneficiar o cérebro e deve ser esta a meta do "exercício neurológico". Segundo os autores, o grupo que andou menos dez quilômetros por semana apresentou um maior encolhimento cerebral ligado à idade que o de pessoas que andavam mais que essa distância.
- O cérebro encolhe na fase mais avançada da idade adulta, o que pode causar problemas de memória. Os resultados do nosso trabalho estimulam a realização de novas pesquisas para saber se exercício físico em pessoas mais velhas são uma medida eficaz contra demências, incluindo Alzheimer - disse Kirk Erickson, da Universidade de Pittsburgh e líder do estudo.
A doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência, mata lentamente as células do cérebro, e atividades como caminhadas têm sido indicadas para aumentar o volume do cérebro.

Cientistas descobrem proteína que pode reduzir riscos de Alzheimer

Cientistas acreditam que um composto, chamado inibidor de histona desacetilase, pode reduzir significativamente a perda da memória relacionada com a idade. Porém, o efeito do medicamento pode durar apenas alguns anos.
A perda de memória relacionada com a idade, normalmente, acontece quando o idoso lembra de coisas que aconteceram décadas atrás, mas não se lembra de coisas recentes.
O processo de formação de memórias de longo prazo, que são as que persistem por mais de doze segundos, é pouco compreendido. Os neurocientistas têm provas de que o hipocampo, uma área do cérebro, é fundamental para o processo.
Para afixar uma memória em nosso “banco de dados”, vários impulsos elétricos disparam nos espaços entre os neurônios – as sinapses. Isso desencadeia a liberação de neurotransmissores, que formam novas conexões entre os neurônios. As memórias de longo prazo são menos propensas a se formarem se certos genes não forem ativados.
Normalmente, no núcleo das células, o DNA se envolve em torno de uma proteína, chamada de histona. Uma pequena molécula, do grupo acetil, se envolve com a histona H4 (há cinco grupos de histona). Quando isso acontece, o DNA se solta um pouco da proteína. Isso torna a transcrição, que permite que o gene seja expresso em neurotransmissores, mais fácil.
O que acontece com a pessoa que tem perda de memória relacionada com a idade é que não há suficientes grupos acetil para se ligarem às histonas H4. Assim, o DNA permanece bastante envolto nas histonas, e os genes que controlam a formação de memória continuam “suprimidos”.
A ciência ainda não sabia como tratar esse problema. Agora, uma classe de compostos usados para tratar o câncer pode ajudar os neurocientistas a desenvolverem um medicamento.
Em um estudo sobre o envelhecimento dos ratos, os pesquisadores mostraram que os inibidores da histona desacetilase ajudaram os ratos a ter um desempenho 50% melhor em testes de memória.
O inibidor de histona desacetilase garante que as histonas H4 tenham suficientes grupos de acetil, de modo que o DNA enrolado em torno da histona fica disponível para a transcrição. Assim, os códigos do DNA que cuidam da formação da memória podem ser usados para produzir proteínas, ajudando a restaurar a formação da memória.
Os cientistas afirmaram que esses medicamentos podem ser utilizados em conjunto com outros para tratar pacientes de Alzheimer. Porém, não deve ser prescrito para todo o caso de perda de memória.
Problemas de memória são mais comuns após os 40 anos, mas na maioria dos casos não significam o início de alguma doença ou condição de senilidade. Os cientistas dizem que as pessoas só devem se preocupar se começarem a esquecer boa parte do seu vocabulário ou perder a capacidade de resolver facilmente problemas de matemática.
Os cientistas também alertam que as pessoas têm mais riscos de desenvolver perda de memória relacionada à idade se tiverem colesterol alto, histórico familiar de Alzheimer, se beberem em excesso ou participarem de esportes que envolvam golpes na cabeça. [POPSCI

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Pra tudo, nesta vida, há solução!

Bom dia, amigos queridos. Hoje é dia de "post-bomba"! (BUUUUMMMMMMM)

Vamos lá. Ontem, domingo, dia de meu irmão Dahyl, sua insuportável esposa Renata e meus lindíssimos sobrinhos virem, pra ficar quase 2 horas com a minha mãe. Após almoçarem, é claro. O objetivo não é a visita, é a comida!
Fui ajudar na preparação do lauto almoço: macarronada, frango e maionese. Muito ao contragosto, porquê já basta a semana inteira. Mas fui.
O horário deles chegarem, varia entre 11h30m ao 1/2 dia. O tempo foi passando, passando, passando... 13h39m, finalmente minhas visitas chegam. Estavam numa comemoração na cidade vizinha... e não é que ainda almoçaram! Não havia comida onde eles se encontravam?
Nesse meio tempo, eu já havia passado um torpedo, arregaçando com meu irmão e incluindo os outros dois. Por que não avisa, né? É, ainda um dos poucos dias dos quais ela se lembra e espera por eles. Maldade da grossa.
Aí, vâo vendo. A cobra chamada Renata, pergunta pra minha mãe:- Dona Nair, por quê a senhora não anda melhor vestidinha? Tradução: Dona Nair, onde a Gisele tá enfiando sua pensão, que não veste a senhora melhor? Será que o 'ser' pensou que eu não ia entender o veneno da pergunta? Santa ignorância.
Minha mãe tem tudo o que precisa e o que está faltando é porque os cachorros comeram e ainda não consegui repor. Afinal, é uma senhora que gasta 70% da pensão, com conta de mercado. Basicamente, guloseimas, pra não parar de martigar e carme moída pros três cachorros, todos os dias. Simples assim. Como ela adora dizer que o dinheiro é dela. Vá lá. Não faltando meu arroz, feijão, salada e bife. Pode acabar com tudo.
No meio de tudo isso, lembram-se que eu lhes falei pra procurarem um advogado, especialista em 'Perdas e Danos', para se aconselharem, caso estivessem em situação parecida. Eu fui! rsrsrsrsrsrsrsr
Sabem o que eu descobri? Como tenho a curadoria da minha mãe, tenho que cuidar e administrar os bens dela, da melhor maneira possível, mas como EU QUISER, desde que não haja dolo. E tudo o que eu faço tem nota ou recibo, estou mais do que calçada legalmente. E o mais legal de tudo: Como meus irmãos não ajudam a cuidar, nem materialmente com nada, eles NÃO TÊM DIREITO DE FISCALIZAR O QUE ESTOU FAZENDO, desde que eu tenha testemunhas do procedimento deles. Aí eu fui pro abraço!!!!!!!
Mas não acabou. Como eu larguei TUDO pra cuidar da mãe e ela tem pensão, é obrigada a me sustentar! Não é o máximo? Se ela não puder fazê-lo, ELES têm que fazer. Nossa, foi muita alegria num dia só.
Não acabou.
Posso, ainda, dar queixa para o delegado por "Abandono Material", não tem nada a ver com falta de ajuda financeira; é falta da presença física deles na vida dela. Aí o delegado vai 'descer' a queixa para a Promotoria e esta, que tem mais poder de decisão do que o juiz (Promotoria de Justiça), vai fixar dias ou semanas (no nosso caso, somos quatro, ele pode determinar que a mãe fique uma semana com cada um), pra os filhos cuidarem da mãe. Sem usar os recursos dela. Pode fixar uma multa retroativa, sobre estes 9 anos de servidão minha e garantir, com isso, condições pra eu comprar minha casa (onde moro e já tenho parte) e,
quem sabe, até um veículo. Caras! Ele pode revolucionar a minha vida e a de todos eles! É mole? Eu queria ter tanto poder!
O advogado disse:-Seus irmãos estão, deliberadamente, judiando de você. Vou dar-lhe 'algumas' opções. Ou seja, não pára por aí. Tenho mais coisas pra contar a vocês, mas será numa próxima oportunidade. Não vou entregar todas as fichas, agora. Se uma coisa não der certo, outra dará!
Oh! Estou radiante!!!!!

Abençoada semana: saúde, harmonia, luz e paz a todos!

sábado, 9 de outubro de 2010

Chorei, chorei, até ficar com dó de mim!

Hoje eu tive um descontrole total pela manhã.
Sabe quando você fala a mesma coisa 10 vezes pra uma pessoa e ela pergunta de novo?
O desespero que se apossou de mim foi tão grande, descomunal, que eu irrompi num choro convulsivo, que me deixava sem ar nos pulmões.
- O que foi que eu fiz pra merecer esta doença da minha mãe?
- Deus! Me leva! Tenha misericórdia da minha vidinha, tão novinha ainda e tendo que sobreviver a este massacre!
Eu só sei, que espero que tal fato não se repita mais, porquê estou sem forças. Não consigo mais...
E ninguém ajuda! Nenhuma boa alma que fale:- Descanse um pouco, Gisele. Vá ver um filme. Passe uma tarde com suas amigas. RIA! Você tem feito por merecer, há 9 anos!
Não! Nobody.
Como posso amar irmãos que me abandonam e rejeitam há tanto tempo e não percebem que não é pra mim a ajuda, é pra mãe deles? Pra renovar-me pra ela. Pra mais uma rodada de mutilação emocional e tortura.
Hoje não será um dia dos melhores. Quando não começa bem...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO FAMILIAR E DO CUIDADOR

1. Tenho direito de cuidar de mim.

2.Tenho direito de receber ajuda e participação dos familiares, nos cuidados do idoso dependente.

3 Tenho direito de procurar ajuda.

4. Tenho direito de ficar aborrecido, deprimido e triste.

5. Tenho direito de não deixar que meus familiares tentem manipular-me com sentimentos de culpa.

6. Tenho direiro a receber consideração, afeição, perdão e aceitação de meus familiares e da comunidade.

7.Tenho direito de orgulhar-me do que faço.

8. Tenho direito de proteger a minha individualidade, meus interesses pessoais e minhas próprias necessidades.

9. Tenho direito de receber treinamento para cuidar melhor do idoso dependente.

10. TENHO DIREITO DE SER FELIZ!

(Extraído do livro "Sete Histórias de Alzheimer", do médico geriatra e gerontólogo, Dr. Márcio F. Borges)

Diante de tudo isso que você leu, se ainda sentir-se abandonado na sua condição de cuidador, busque ajuda do Ministério Público de sua cidade e da Saúde Pública. Se nem deles (como aconteceu comigo) obtiver auxílio, procure um bom advogado, da área de Danos Morais (qualquer um poderia defendê-lo, mas eles não o fazem, já tentei), explique, conte sua situação, junte todos os documentos que atestam que você presta cuidados ao seu idoso 'sozinho', sem nenhuma ajuda e ele vai tornar suas dores numa bela causa, impossível de não ser justificada por qualquer juiz coerente. Conselho bom é pra ser dado, taí o meu!

Muito boa semana a todos!

sábado, 2 de outubro de 2010

10 dicas para lidar com um idoso com perda de memória

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Posted on September 29, 2010 by admin


10 Dicas para lidar com um idoso com perda de memória


A idade avançada e doenças como o Alzheimer podem levar à perda de memória por parte de muitos idosos – algo que pode acontecer de um dia para o outro e que pode deixar quem cuida ou lida com esses idosos, sem saber o que fazer.






1.O passado no presente. A maior parte dos doentes com Alzheimer passa a viver no passado, ou seja, a sua memória de longa duração substitui a memória de curto prazo. Isto significa que, embora possam lembrar-se nitidamente do que aconteceu há 30 anos atrás, não se conseguem recordar daquilo que almoçaram há 2 horas atrás. Como contornar esta situação? Não contornando, ou seja, deve-se aproveitar para conversar com o idoso sempre que ele quiser, sobre aquilo que ele quiser.


2.Curto e simples. Quando comunicar com um idoso que sofre de perda de memória, faça-o com frases curtas e simples, ou seja, de muito fácil compreensão. Utilize um vocabulário direto, evitando expressões e eufemismos que podem apenas confundir o idoso. Para além disso, faça apenas uma pergunta ou solicitação de cada vez.


3.Tempo de resposta. Mesmo com uma comunicação simples, direta e curta, quem vive com a perda de memória necessita de tempo para responder àquilo que lhe foi perguntado ou pedido. Dê ao idoso todo o tempo que precisar para pensar no que lhe foi dito e formular a sua resposta, sem o apressar ou interromper o seu raciocínio. Se vir que pode ser útil, repita o pedido ou a questão.


4.Repetições, repetições, repetições. A comunicação com um idoso com perda de memória vai certamente estar recheada de frases e perguntas repetidas. Embora possa ser frustrante para quem está a ouvir, em vez de dizer “ainda agora acabei de te dizer”, tenha paciência e volte a repetir a resposta ou a pergunta, de preferência igual ou muito parecido com a resposta anterior, para evitar confundir o idoso.


5.Outras formas de comunicação. Infelizmente, a perda de memória pode afetar a comunicação verbal de um idoso, que pode ter dificuldade em expressar os seus pensamentos ou formular frases completas e coerentes – algumas pessoas até deixam de falar. Se a fala representa um obstáculo na comunicação com um idoso com perda de memória, mune-se de outras formas de comunicar: esteja atento à linguagem corporal e às expressões faciais, tanto do idoso como as suas – evite movimentos bruscos e revirar os olhos, por exemplo. Por vezes, apontar para algum objeto pode facilitar a comunicação, por isso, peça ao idoso para fazer o mesmo quando estiver com dificuldades em transmitir alguma ideia.


6.Erros e desentendimentos. Quem sofre de perda de memória nem sempre encontra as palavras certas para comunicar o que pretende, podendo substitui-las por outras que nada têm a ver com o assunto em questão. Esteja sempre muito atento ao desenrolar de qualquer conversa, procurando entender, mesmo por meias palavras, aquilo que o idoso está a tentar comunicar. Recorra a outras formas de comunicação – caso da gestual – se for necessário, mas evite chamar a atenção do idoso ou rir-se dele porque utilizou a palavra errada ou trocou o sentido a uma frase. Fazer isso pode levar a sentimentos de frustração, raiva, tristeza, falta de confiança e dignidade. O que importa é o significado daquilo que está a ser dito e não a forma como é dito: focalize-se nisso.


7.Mimos e carinhos. A perda de memória não significa a perda de emoção, por isso, mime o idoso com carinhos especiais. O esquecimento e a dificuldade em comunicar pode frustrar o idoso, levando-o à depressão e ao isolamento, o que significa que precisa, mais do que nunca, do sentimento de pertença e de segurança. Faça-lhe companhia numa das suas atividades preferidas, segure-lhe na mão, faça-lhe uma carícia no rosto ou dê-lhe um abraço forte – são gestos tão ou mais poderosos do que as palavras.


8.Vigilância atenta. Cerca de 60% dos doentes com Alzheimer acabam por se perder, vagueando sem sentido e sem conseguir voltar ao seu ponto de partida, devido à perda de memória. Para evitar situações como esta, assegure que não deixa as portas e/ou janelas da casa abertas; se tem receio que o idoso possa vaguear, não lhe peça para ir buscar o correio ou levar o lixo sozinho; não deixe o idoso conduzir ou andar de transportes públicos sozinho.


9.Personalidade própria. Apesar da perda de memória, o idoso continua, no fundo, a ser a mesma pessoa, com os mesmos gostos. Só porque a sua memória já não é o que era, não significa que não possa desfrutar de atividades e momentos de lazer que sempre apreciou. Você, melhor do que ninguém, conhece essa pessoa, por isso, faça por honrar a sua personalidade: se o idoso gosta de passear, acompanhe-o; se gosta particularmente de determinado programa televisivo, faça questão de ligar a TV na hora da sua emissão.


10.Paciência e disponibilidade. Se cuidar de um idoso já é exigente, lidar de perto com um idoso que sofre de perda de memória pode ser um desafio ainda maior. Depois de uma vida longa e preenchida, a terceira idade, com todos os seus obstáculos, pode ser fonte de depressão e desânimo para muitos idosos, os quais contam com os seus familiares e amigos diretos para os acompanhar nos últimos anos de vida. Esse acompanhamento requer, acima de tudo, disponibilidade e paciência, duas preciosidades para quem luta contra a velhice e as suas vicissitudes. Nunca é demais lembrar que, para conseguir isso com sucesso e saúde, quem cuida de alguém também tem de cuidar de si.