Minha lista de blogs

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Domingo de escravidão.

Outro, né?
Não pra variar, meu único irmão, que eu pensava importar-se com minha mãe, não apareceu: o Dahyl.Nem ele, nem a intragável (Renata) e nem meus sobrinhos e, a 'coitada' esperou até uma  hora da tarde pra acompanhá-los no almoço.
Eu? Tava cochilando. Já tinha comido e adoro paz e tranquilidade. Barulho,'conversê', não é comigo. Só se for com meus amigos, aí é diferente.
O que muda, em relação aos meus dias normais? Ter alguém aqui, fingindo que está interessado nos papos dela (mãe) e, mantedo-na ocupada por duas horinhas. As minhas ÚNICAS DUAS HORAS SÓ MINHAS, durante a semana.
O outro irmão, pouco falei dele, é o Reca... um cara que não fez nada certo na vida e graças a meu pai, tornou-se policial militar. Esconde-se dentro da farda. Este não aparece em casa há 15 meses, mesmo morando há poucas quadras daqui. Inclusive, no aniversário de um aninho da filhinha Rafaela, sequer avisou a avó da menina (muito menos eu). Um amor e exemplo de integridade, não concordam. Quem vê na rua, acha que vale alguma coisa, eu quem sei.
A minha irmã, Luciana, ficou duas semanas aqui, bronzeando o 'loló' nas Águas Quentes e não entrou na minha casa. Pegou a mãe 'um dia' e foi lanchar. Bom, quem tem que sair pra lanchar fora sou eu, vamos e venhamos. Aí vem com um papo, numa carta:"que pena que não tem ninguém pra cuidar direito da senhora", por quê não leva e cuida? Ou, "a senhora não sabe a saudade que sinto nesses 20 anos longe de casa". Tá longe de casa porque quer, ninguém mandou embora. E os cinco anos que passou sem vir aqui, apos casar-se? Onde estava a saudade?
O que me deixa mais chateada é que quando não aparece ninguém no domingo, a carência de atenção absoluta e ininterrupta da minha mãe, vai às raias do insuportável!! Eu quem tenho que aguentar:'tô sozinha', 'vem ficar comigo', 'não podiam ligar e falar:cretina, nós não vamos hoje' e, daí ela vai tecendo um rosário de reclamações e eu, sonhando em ficar quietinha no meu quarto, não consigo. Vira embate.
Às vezes, eu penso que eles acham que me largando em paz, eu vou ficar mais maleável e flexível... como assim? Eu levei a mãe quatro vezes ao médico em uma semana, de táxi, sendo que eles têm carros e devem colaborar! Acaba acontecendo o inverso, eu fico mais irritada e com mais certeza de que tenho que entrar numa batalha judicial pra resolver isso. Neste mês, eu completo dez anos de servidão. Meus amigos dizem que mais do que passou da hora e é verdade. Tenho que agir.
Vocês devem perguntar porque eu escrevo isso tudo no blog. É que eu quero o máximo de testemunhas possíveis do quanto estou sendo usada e usurpada em meus direitos mais fundamentais, como direito à vida! Pois eu não tenho vida. Eu vivo a vida da minha mãe.
Maldito Alzheimer. Acabou com uma pessoa alegre, bem sucedidad, cheia de bom humor e amigos e, transformou-a num ser rancoroso e cheio de mágoa.
Vocês vão ajudar-me a disseminar esta situação que eu vivo e alguma boa alma, há de fazer alguma coisa.
Tenho fé!
Boa semana a todos e estejam certos de que Deus é por nós.